terça-feira, 30 de outubro de 2012
Polar Postcrossing 2012
Pelo 3º ano consecutivo vou participar na troca de postais mais famosa desta coisa dos blogs.
Sabe sempre bem receber mais do que contas na caixa do correio, um postal pelo Natal, assim à antiga em papel é coisa rara nos dias que correm.
As regras podem ser conhecidas aqui mas de forma resumida são estas:
- inscreves-te
- recebes o contacto de um amigo secreto que não será da mesma cidade que tu
- envias o postal
- aguardas que o teu amigo secreto te envie o teu postal de Natal
Regra de ouro: se não estás para ter trabalho a enviar postais mas queres receber, mais vale não participares, não é esse o espírito do Natal!
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Get Low
Felix Buch (Robert Duvall) é um homem que vive isolado do mundo há 40 anos, não quer ninguém por perto, é alvo de muitos mitos urbanos e poucas são as vezes que vai à cidade mais próxima. Depois de se sentir mal decide ir encomendar o seu próprio funeral ao agente funerário da cidade, Frank Quinn (Bill Murray). Com Frank trabalha também Buddy (Lucas Black) que acaba por estabelecer uma amizade ainda que distante com o velho Bush.
O funeral encomendado por Bush tem tanto de estranho como de hilariante, depois de 40 anos de isolamento, o velho Bush quer fazer uma festa de funeral, com ele próprio ainda vivo, para poder ouvir todas as histórias que as pessoas da cidade ouviram sobre ele. Dado que a sua fama é das piores, na iminência de a festa não se realizar por falta de pessoas, Bush sorteia rifas e na festa a rifa seleccionada terá direito a ficar com os seus 40 hectares de floresta e terras, a sua prisão pessoal durante 40 anos. A princípio deseja ouvir as histórias que os outros sabem de si, mas depois acaba por ser ele próprio a querer contar a verdade da sua história e a razão do seu isolamento durante tantos anos.
Robert Duvall, no alto dos seus 80 anos, tem aqui um desempenho brilhante ao lado do sempre bem Bill Murray e do jovem Lucas Black. A história é por si só é cativante e mesmo com a expectativa em alta, o final acaba por ter tanto de emocionante como de previsível.
Felix Bush é um velho eremita sem especial consideração por ninguém na cidade, nem por quem o queira conhecer melhor. Mas, certo dia, ao aperceber-se das histórias loucas que contam sobre si, decide estar na altura de as trazer a público. Assim, recruta Frank, dono da agência funerária local, para que organize o seu funeral e, dessa forma, poder ouvir o que todos dizem sobre si e trazer a verdade do seu passado à luz do dia. Mas será que alguém vai comparecer? E conseguirá ele revelar o seu terrível segredo?Fonte: cinema.sapo.pt
Get Low no IMDB.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
Anjos na Guerra, de Susana Torrão
A criação de um corpo de enfermeiras paraquedistas, em Maio de 1961, levou pela primeira vez as mulheres às Forças Armadas e, consequentemente, à guerra. Estas enfermeiras, treinadas em Tancos por equipas de paraquedistas, muito emancipadas para a altura, fizeram comissões em Angola, Moçambique, Guiné e, mesmo depois da guerra acabar, ainda foram buscar refugiados Timorenses à Indonésia.
As enfermeiras desciam do céu para fazer evacuações de feridos da frente de combate para os hospitais militares e resgatar corpos, estas mulheres andaram muitas vezes no mato atrás dos nossos soldados, enfrentaram muitos perigos, suportaram tudo, suportaram até os preconceitos de uma sociedade conservadora, onde a ideia de enviar mulheres para a guerra em África era vista com muita desconfiança. Na metrópole pouco se falava disso, era quase um assunto tabu, mas a maior parte das famílias das enfermeiras tinha um grande orgulho nelas e no que elas faziam em África, nas vidas que salvavam.
O livro conta a história de mulheres de coragem improvável que passaram despercebidas neste país mas que acabaram por lhe dar uma lição de coragem.
Através da história de cada enfermeira que pertenceu a este grupo de coragem, a autora mostra-nos com clareza as regras de funcionamento, a disciplina, as dificuldades e como elas encaravam cada cenário. O impacto emocional desta experiência de guerra não se apagou mas elas souberam lidar com isso e transformá-lo em memórias felizes.
Estes anjos na guerra salvaram muitas vidas, deram más notícias a famílias, acompanharam muitos feridos, acalmaram militares em choque. O coração das enfermeiras era maior que o mundo e deram tudo o que tinham em África sem nunca nada exigir. É impossível ficar indiferente à coragem destas mulheres.
Na guerra colonial, o corpo de enfermeiras pára-quedistas socorreu militares e civis em Angola, Moçambique e Guiné. Estas mulheres que caiam do céu para tratar dos feridos e travar o sofrimento enfrentaram, ao lado dos soldados, a dureza do mato e a violência dos combates. Mas não só. Enfrentaram também o preconceito de uma sociedade conservadora, onde a ideia de enviar mulheres para um cenário de conflito era vista com enorme desconfiança. Esta é a história dessas pioneiras improváveis, que quase passaram despercebidas ao seu país mas que acabaram por lhe dar uma lição de coragem.Fonte: fnac.pt
Dei-te o Melhor de Mim, de Nicholas Sparks
Dawson e Amanda eram dois jovens adolescentes apaixonados mas a pressão social e familiar não permitiu que essa paixão fosse vivida em pleno, Dawson pertencia a uma família pouco recomendada de Oriental, a pequena cidade de ambos.
Após a morte de Tuck, a única pessoa que apoiou o namoro dos jovens, os dois encontram-se 25 anos depois de se terem visto pela última vez, apercebendo-se que a vida de cada um tomou um rumo completamente oposto, Amanda é casada e tem 3 filhos, vive um casamento infeliz desde a maior perda que uma mãe pode ter, Dawson continua solteiro preso ao amor que sente por Amanda. Naqueles dias juntos, Amanda e Dawson vão perceber que por muito tempo que passe, há coisas que nunca mudam.
Nicholas Sparks leva-nos de novo ao tipo de histórias a que já nos habituou, romances arrebatadores e tragédias desconcertantes, uma história de amor, de valores, a discordância entre o coração e a razão. Sparks mostra-nos como as escolhas difíceis que temos de tomar em determinados momentos se irão certamente reflectir ao longo da nossa vida.
Apesar de a história não ser muito inovadora face aos outros romances de Nicholas Sparks, é comovente e desconcertante, nos livros de Sparks há sempre espaço para uma lágrima ou duas.
Este novo e aclamado romance de Nicholas Sparks conta a história emocionante de Amanda e Dawson, dois adolescentes envolvidos na mágica experiência do primeiro amor. Contudo, sob a pressão familiar e social, são obrigados a seguir vidas distintas. Somente vinte e cinco anos mais tarde voltam a encontrar-se, por altura da morte do único homem que tinha protegido o jovem casal apaixonado. E se para ambos o amor de outrora se revela intacto, confrontam-se inevitavelmente com as escolhas feitas e os compromissos assumidos. Qual então o sentido daquele encontro, se nada podia mudar o passado?Fonte: fnac.pt
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Happy Birthday
Foto: no meu 8º aniversário, com um bolo sempre feito pela minha mãe e sempre muito inovador para a época, ainda o Cake Design não tinha sido inventado...
Fez esta noite 27 anos que a minha família aumentou e nunca mais foi a mesma.
Foi há 27 anos que o meu irmão, então com 7 anos, foi levado a meio da noite para casa dos avós maternos com a justificação "vem aí o/a mano/a".
Foi há 27 anos que o meu pai respeitou todos os semáforos mesmo quando a minha mãe dizia para ele passar o vermelho senão ainda nascia ali.
Foi há 27 anos que a minha mãe, então com 27, e o meu pai, então com 31, passaram a ser pais de dois.
Foi há 27 anos que o meu irmão começou a faltar de tarde à escola para me poder ir ver todas as tardes enquanto estive na maternidade.
Foi há 27 anos que quase fui amavelmente desmembrada quando o meu irmão me tentou pegar ao colo e a mãe não deixou, então ele achou que ia conseguir ao puxar-me pelas pernas.
Foi há 27 anos que os meus avós perceberam que nunca mais iam ter sossego.
Foi há 27 anos que a minha mãe deu a fábrica maternal por encerrada, e não foi à falta de pedidos de mais manos.
Foi há 27 anos que se chegou à conclusão que era uma Raquel e não um Miguel, como o meu irmão tanto queria.
Foi há 27 anos que eu abri os olhos para o mundo com o meu melhor ar de "Veni, vidi, vici".
Fez esta noite 27 anos que a minha família aumentou e nunca mais foi a mesma.
Foi há 27 anos que o meu irmão, então com 7 anos, foi levado a meio da noite para casa dos avós maternos com a justificação "vem aí o/a mano/a".
Foi há 27 anos que o meu pai respeitou todos os semáforos mesmo quando a minha mãe dizia para ele passar o vermelho senão ainda nascia ali.
Foi há 27 anos que a minha mãe, então com 27, e o meu pai, então com 31, passaram a ser pais de dois.
Foi há 27 anos que o meu irmão começou a faltar de tarde à escola para me poder ir ver todas as tardes enquanto estive na maternidade.
Foi há 27 anos que quase fui amavelmente desmembrada quando o meu irmão me tentou pegar ao colo e a mãe não deixou, então ele achou que ia conseguir ao puxar-me pelas pernas.
Foi há 27 anos que os meus avós perceberam que nunca mais iam ter sossego.
Foi há 27 anos que a minha mãe deu a fábrica maternal por encerrada, e não foi à falta de pedidos de mais manos.
Foi há 27 anos que se chegou à conclusão que era uma Raquel e não um Miguel, como o meu irmão tanto queria.
Foi há 27 anos que eu abri os olhos para o mundo com o meu melhor ar de "Veni, vidi, vici".
domingo, 21 de outubro de 2012
sábado, 20 de outubro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
terça-feira, 16 de outubro de 2012
Cerca do Sul, Alentejo
Depois de uma viagem a terras do tio Sam muito preenchida e sempre em modo correria, em Julho, viemos quase directamente de Nova Iorque para o Alentejo. Estes dois lugares são claramente as duas pontas opostas de um espectro de vivacidade.
Tive conhecimento da Cerca do Sul através de um blog que leio frequentemente e a curiosidade levou-me ao Alentejo, ali entre a Zambujeira do Mar e Odeceixe.
O ambiente na quinta é familiar e acolhedor, sentimo-nos imediatamente em casa, porque a simpatia da Sara (a dona do espaço), a disponibilidade das senhoras que ajudam na confecção do pequeno-almoço e limpezas, a jovialidade do Sul (o cão reguila) e a tranquilidade do Paco (o cão idoso) só nos podem transmitir um sentimento de serenidade.
A Cerca do Sul pode ser aquilo que quisermos, um refúgio para a leitura e a escrita, um ponto de passagem, um local de aprendizagem em inúmeros workshops, o sossego da planície alentejana ou simplesmente um porto de abrigo onde apetece voltar.
The Lincoln Lawyer
A história de "The Lincoln Lawyer" é baseada na obra homónima de Michael Connelly e retrata a vida de Mickey Haller (Matthew McConaughey), um advogado criminal de Los Angeles que usa o seu carro, um Lincoln Continental, como escritório. É um advogado com poucos escrúpulos, que geralmente não olha a meios para atingir os fins, e que geralmente defende os "maus da fita", é o advogado de eleição do sub-mundo de LA. A sua carreira dá uma volta quando é contratado para defender um jovem milionário boémio que é acusado de tentativa de homicídio, um caso que à primeira vista nada tem de novo mas que se transforma num risco para a vida de Mickey e uma batalha jurídica de grandes proporções.
O filme é uma agradável surpresa com Matthew a deixar de lado o registo das comédias românticas a que nos habituou nos últimos anos. Aqui, o actor revela uma performance acima do que esperamos e se, à partida, não esperamos grande coisa deste filme, acabamos por ficar realmente agradados com a acção, o desempenho dos actores e o desfecho das personagens.
Marisa Tomei, Ryan Phillippe, William H. Macy e Josh Lucas são outros nomes sonantes que fazem parte desta acção.
Mickey Haller é um advogado criminal de Los Angeles, que usa o seu carro como escritório. Durante toda a sua vida, a rotina de trabalho de Haller passava por atender clientes e defender pequenas causas, até ao dia em que lhe surge o grande desafio da sua carreira: defender um playboy de Beverly Hills acusado de violação e tentativa de homicídio. Mas o que aparentemente parecia um caso simples de resolver, rapidamente se transforma num perigoso jogo de sobrevivência...Fonte: cinema.sapo.pt
Lincoln Lawyer no IMDB.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
Johnny English Reborn
Johnny English (Rowan Atkinson), o agente mais famoso de Inglaterra, depois de um tempo de retiro espiritual na Ásia, está de volta ao activo, ainda que contra a vontade de muita gente. English é chamado a fim de participar numa missão para proteger o Primeiro Ministro Chinês de uma tentativa de assassinato.
O ilustre Rowam Atkinson volta a dar corpo e voz a Johnny English, uma comédia bem aceite que mantém um estilo humorístico próximo do filme anterior.
As melhores cenas do filme são protagonizadas por English e a assassina do aspirador, claro que English mete consecutivamente a pata na poça em todas as tentativas que faz para a apanhar. Gillian Anderson (a tão conhecida Agente Scully de Ficheiros Secretos) e Dominic West são algumas das caras conhecidas deste filme.
Desde que o agente de topo do MI7 desapareceu do mapa, ele esteve a aprumar as suas capacidades únicas numa remota região da Ásia. Mas quando os seus superiores da agência são informados de uma tentativa de assassinato do primeiro-ministro chinês, eles têm de recuperar o pouco ortodoxo agente. Agora que o mundo precisa dele outra vez, Johnny English regressa à acção. Sem margem para falhas, ele terá de utilizar os mais recentes equipamentos de alta tecnologia para desmascarar uma conspiração que envolve o KGB, a CIA e até o MI7. Com poucos dias até uma conferência de líderes de estado, um homem deve usar todos os truques que tem na manga para nos proteger. Para Johnny English o desastre pode ser uma opção, mas o fracasso nunca.Fonte: cinema.sapo.pt
Johnny English Reborn no IMDB.
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
O Fim da Inocência, de Francisco Salgueiro
Inês é a narradora desta história, uma adolescente de dezassete anos de boas famílias, que mora na Linha, frequenta um colégio inglês e tem tudo para ter sucesso na vida, aos olhos da mãe e do padrasto é uma menina sensata e certinha.
"O Fim da Inocência" é a história totalmente verídica e assustadora de uma adolescente que usou como máscara o nome Inês. Inês e o seu grupo de amigos, filhos de gente da alta sociedade,começam a enveredar pelos caminhos do sexo e da droga demasiado cedo, as descobertas sucedem-se e começam a perder a noção dos valores, do certo e do errado e acabam inevitavelmente a pensar que violações, Sida e doenças sexualmente transmissíveis são coisas que só acontecem a gente de mau aspecto. A pressão social, o querer pertencer a um grupo e o desejo da popularidade conduzem os adolescentes a uma espiral de loucura. Os pais destes jovens demitiram-se da sua principal função, a de pais, e juntamente com o excesso de informação na internet a que as crianças e jovens têm acesso, há uma necessidade de mudança de mentalidades por parte dos pais, o mito de "o meu filho jamais faria isso" caiu por terra e, quer queiramos quer não, os perigos nesta fase da vida espreitam em cada amigo, cada conhecido, cada saída à noite e até em cada dia de escola. Estes pais não poderão proteger os seus filhos se desconhecem por completo o que eles fazem depois da escola, nas saídas à noite e na internet, estes pais deveriam ter estado atentos que os filhos não se criam sozinhos.
A sensação com que fico depois desta leitura é que os jovens têm pressa de crescer, querem viver tudo demasiado cedo, demasiado rápido, querem agora e já, e quando atingem essas vivências, tudo acaba por deixar de ter graça, as experiências têm de ser ainda mais fortes para lhes proporcionar algum deslumbre.
Este livro é uma visão assustadora da adolescência dos nossos dias.
"O Fim da Inocência" é a história totalmente verídica e assustadora de uma adolescente que usou como máscara o nome Inês. Inês e o seu grupo de amigos, filhos de gente da alta sociedade,começam a enveredar pelos caminhos do sexo e da droga demasiado cedo, as descobertas sucedem-se e começam a perder a noção dos valores, do certo e do errado e acabam inevitavelmente a pensar que violações, Sida e doenças sexualmente transmissíveis são coisas que só acontecem a gente de mau aspecto. A pressão social, o querer pertencer a um grupo e o desejo da popularidade conduzem os adolescentes a uma espiral de loucura. Os pais destes jovens demitiram-se da sua principal função, a de pais, e juntamente com o excesso de informação na internet a que as crianças e jovens têm acesso, há uma necessidade de mudança de mentalidades por parte dos pais, o mito de "o meu filho jamais faria isso" caiu por terra e, quer queiramos quer não, os perigos nesta fase da vida espreitam em cada amigo, cada conhecido, cada saída à noite e até em cada dia de escola. Estes pais não poderão proteger os seus filhos se desconhecem por completo o que eles fazem depois da escola, nas saídas à noite e na internet, estes pais deveriam ter estado atentos que os filhos não se criam sozinhos.
A sensação com que fico depois desta leitura é que os jovens têm pressa de crescer, querem viver tudo demasiado cedo, demasiado rápido, querem agora e já, e quando atingem essas vivências, tudo acaba por deixar de ter graça, as experiências têm de ser ainda mais fortes para lhes proporcionar algum deslumbre.
Este livro é uma visão assustadora da adolescência dos nossos dias.
Aos olhos do mundo, Inês é a menina perfeita. Frequenta um dos melhores colégios nos arredores de Lisboa e relaciona-se com filhos de embaixadores e presidentes de grandes empresas. Por detrás das aparências, a realidade é outra, e bem distinta. Inês e os seus amigos são consumidores regulares de drogas, participam em arriscados jogos sexuais e utilizam desregradamente a internet, transformando as suas vidas numa espiral marcada pelo descontrolo físico e emocional.
Francisco Salgueiro dá voz à história real e chocante de uma adolescente portuguesa, contada na primeira pessoa. Um aviso para os pais estarem mais atentos ao que se passa nas suas casas.
Fonte: fnac.pt
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Não podemos ver o vento, de Clara Pinto Correia
"Não podemos ver o vento" conta a história de Mariana Mindelo, uma psicóloga mãe de duas gémeas demasiado bonitas, que decide estudar o comportamento dos Grupos Especiais e Grupos Especiais Pára-quedistas, homens treinados para fazer frente às guerrilhas de uma forma rápida e eficaz. À medida que Mariana aprofunda o seu estudo descobre segredos do passado de Guilherme, o homem por quem se apaixona durante este estudo, as peças do puzzle vão-se encaixando e revelam factos pelos quais Mariana não esperava.
O quadro final, além de uma explicação psicológica exaustiva, é esclarecedor de toda a história que deixámos para trás, ainda assim perdi-me algumas vezes entre capítulos ao tentar situá-los numa linha temporal que parecia que me escapava. Até o título me parece fora do sítio até chegar à última linha do último parágrafo, apesar de continuar sem realmente o entender.
É uma história que marca a vale pelo contexto, pela época escolhida e pelos factos verdadeiros que aqui são contados, como a própria autora afirma no início "Todas as histórias que aqui se contam são verdadeiras. O romance, esse, foi inventado do princípio ao fim".
Mariana, uma psicóloga de determinação férrea, mãe de duas gémeas atrevidas e curiosas, começa a frequentar o Solar de Turismo de Habitação que Guilherme dirige na Serra do Barroso para preencher os tempos livres das filhas. Estabelece rapidamente uma amizade com o proprietário e à medida que essa relação vai estreitando começam a surgir os temas que lançarão a psicóloga na sua investigação sem retorno: A Guerra Colonial em Moçambique, a formação dos Grupos Especiais e dos Grupos Especiais Pára-Quedistas, as suas incríveis missões-relâmpago de contra-guerrilha, o uso de estupefacientes fornecidos pelo próprio Exército Português, e outros segredos. Não Podemos Ver O Vento é um puzzle em que as peças vão encaixando para revelar aspectos imprevistos dos abismos da alma humana e histórias verdadeiras de um dos segredos mais bem guardados da Guerra. A última peça do puzzle, no entanto, ao revelar o quadro na sua totalidade, também o modifica por completo: afinal havia mais um segredo, o mais impressionante de todos, e desse nem Guilherme falou nem Mariana suspeitou.Fonte: fnac.pt
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Love, Wedding, Marriage
Ava (Mandy Moore) é uma psicóloga matrimonial recém casada com Charlie (Kellan Lutz). No dia em que os próprios pais, aparentemente com um casamento de 30 anos feliz, entram no seu consultório a anunciar o divórcio a vida de Ava desmorona-se. Ava faz tudo para que os pais se reconciliem e no meio dessa tarefa põe o seu próprio casamento em risco.
É um filme muito leve, com personagens simples e que se adequa muito bem a uma tarde de domingo. É previsível e os clichés são mais que muitos, ainda assim é um filme para entreter.
Ava é uma conselheira matrimonial cuja vida de recém-casada fica virada do avesso quando descobre que o casamento dos seus pais, supostamente feliz e de sucesso, se encaminha para o divórcio. Determinada a reconciliar os pais a tempo da festa surpresa que lhes vai oferecer para o 30º aniversário do seu casamento, Ava não pára diante de nada, mergulhando de uma situação comprometedora para outra. Será que Ava vai acabar por destruir o seu próprio casamento e a sua vida profissional na tentativa de juntar os seus pais?Fonte: cinema.sapo.pt
Love, Wedding, Marriage no IMDB.
Não vás, Verão
Não faz nem um mês que o Verão foi embora mas já sinto aquela saudade de quem o viu partir faz anos! Não sou uma pessoa do Outono, muito menos do Inverno, no máximo sou daquelas que fica feliz com a chegada da Primavera e atinge o auge no dia da chegada do Verão, do calor e da praia.
Os dias de Verão são tão mais felizes, tão compridos e tão completos. É no Verão que revejo pessoas que não vejo há um ano, é no Verão que as tardes são passadas em modo peixe, é no Verão que nos divertimos e rimos mais, é no Verão que eu volto a sentir o quanto é bom haver coisas que nunca mudam, é no Verão que eu sou mais eu, por isso vou aguardar pacientemente pelo próximo Verão. Não gostasse eu tanto do nosso país e um dia ainda haveria de viver num sítio onde fosse Verão o ano inteiro.
Os dias de Verão são tão mais felizes, tão compridos e tão completos. É no Verão que revejo pessoas que não vejo há um ano, é no Verão que as tardes são passadas em modo peixe, é no Verão que nos divertimos e rimos mais, é no Verão que eu volto a sentir o quanto é bom haver coisas que nunca mudam, é no Verão que eu sou mais eu, por isso vou aguardar pacientemente pelo próximo Verão. Não gostasse eu tanto do nosso país e um dia ainda haveria de viver num sítio onde fosse Verão o ano inteiro.
Fui a Fátima a pé
É verdade, fui. Não fui pela crença, nem por promessa, fui pelo desafio que era para mim e pelo convívio com as pessoas que conhecia e até as que não conhecia. A minha educação foi, desde sempre, religiosa mas a certa altura desliguei-me da igreja, portanto, esta peregrinação para mim foi mais física do que espiritual. No entanto, tenho todo o respeito e admiração por quem faz a peregrinação pela fé ou pelo desespero que só quem a faz sabe o quanto custa e o sacrifício que representa.
Se é difícil? Bastante, especialmente nos moldes em que fizemos a viagem, percorrendo 50km no primeiro dia e 40km no segundo. A viagem foi feita em apenas 2 dias, e tudo seguido, só parando para comer e dormir, num grupo de 44 pessoas.
Caminhar até Fátima é uma experiência difícil de descrever, nestes dois dias de peregrinação com muito sofrimento físico vem ao de cima o melhor de cada um de nós, o espírito de entre-ajuda, a camaradagem, a solidariedade, o fazer alguém trocar as lágrimas por um sorriso ainda que tímido, a coragem, a persistência, o incentivo.
No fim do primeiro dia disse mal à minha vida, pensei seriamente no que me tinha metido, os gémeos latejavam, as bolhas nos pés doíam, até os glúteos davam sinais de si. Depois de uma noite bem dormida, o caso mudou de figura e às 5h30 da manhã do segundo dia já estava pronta para outra. Depois de algumas horas a caminhar, quando parámos para o pequeno almoço vi que a minha sapatilha estava impregnada de sangue de um dos lados, assustei-me, pois claro, mas quando vi o estado da situação não era tão grave quanto poderia parecer, eram apenas umas unhas em sangue. Fazendo uma avaliação dos dois dias de viagem, custou-me muito mais o primeiro dia do que o segundo, as dores e as bolhas foram muito mais abundantes no primeiro dia.
À entrada do Santuário de Fátima tem-se aquela sensação de dever cumprido, de objectivo atingido, é uma satisfação enorme saber que fui capaz de chegar ao fim inteira.
Não sei se um dia volto a repetir a façanha, mas agora já sei que sou capaz.
Se é difícil? Bastante, especialmente nos moldes em que fizemos a viagem, percorrendo 50km no primeiro dia e 40km no segundo. A viagem foi feita em apenas 2 dias, e tudo seguido, só parando para comer e dormir, num grupo de 44 pessoas.
Caminhar até Fátima é uma experiência difícil de descrever, nestes dois dias de peregrinação com muito sofrimento físico vem ao de cima o melhor de cada um de nós, o espírito de entre-ajuda, a camaradagem, a solidariedade, o fazer alguém trocar as lágrimas por um sorriso ainda que tímido, a coragem, a persistência, o incentivo.
No fim do primeiro dia disse mal à minha vida, pensei seriamente no que me tinha metido, os gémeos latejavam, as bolhas nos pés doíam, até os glúteos davam sinais de si. Depois de uma noite bem dormida, o caso mudou de figura e às 5h30 da manhã do segundo dia já estava pronta para outra. Depois de algumas horas a caminhar, quando parámos para o pequeno almoço vi que a minha sapatilha estava impregnada de sangue de um dos lados, assustei-me, pois claro, mas quando vi o estado da situação não era tão grave quanto poderia parecer, eram apenas umas unhas em sangue. Fazendo uma avaliação dos dois dias de viagem, custou-me muito mais o primeiro dia do que o segundo, as dores e as bolhas foram muito mais abundantes no primeiro dia.
À entrada do Santuário de Fátima tem-se aquela sensação de dever cumprido, de objectivo atingido, é uma satisfação enorme saber que fui capaz de chegar ao fim inteira.
A subir a Serra da Boa Viagem
O início da travessia da ponte da Figueira da Foz
Hora de almoço!
É de noite, o sol ainda nem nasceu e já aqui vamos
A tragédia na sapatilha, a outra estava quase igual mas um bocadinho melhor
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
Imagine Me & You
Heck (Matthew Goode) e Rachel (Piper Perabo) parecem o casal perfeito, são os melhores amigos e finalmente dão o grande passo e casam pela igreja numa cerimónia muito bonita. Ainda na cerimónia cruza o olhar com Luce (Lena Headey), a florista.
Apesar de tentar ser uma comédia romântica moderna, o filme acaba por abordar temas bastante relevantes como enfrentar a homossexualidade numa sociedade que ainda não a aceita muito bem. No fundo, este filme acaba por nos transmitir uma lição de que devemos correr sempre atrás do que nos faz felizes, mais cedo ou mais tarde a recompensa virá.
Heck e Rachell são a imagem do casal perfeito e estão prestes a casar, quando Rachel tem um encontro que vira a sua vida do avesso. Rachell apaixona-se à primeira vista e julga ter descoberto, verdadeiramente, o amor da sua vida. O que ela não esperava era que não se trataria do seu novo futuro marido, mas da sua futura mulher...Fonte: cinema.sapo.pt
Imagine Me & You no IMDB.
Carnage
Penelope (Jodie Foster) e Michael Longstreet (John C. Reilly) são os pais de um miúdo de 11 anos que apanhou forte e feio do filho de Nancy (Kate Winslet) e Alan Cowan (Christoph Waltz) com também 11 anos. Numa tentativa de resolver este incidente a bem, os dois casais reúnem-se em casa dos Longstreet para conversar educadamente e de forma civilizada com o objectivo dali resultar um conjunto de medidas a tomar. Toda a acção se passa naquela casa, especialmente na sala, a intensidade e o humor de cada um dos personagens é excepcional. Num espaço de horas a vida deles fica de pernas para o ar de uma forma genial e cada um mostra o seu verdadeiro "eu" em situações limite.
Carnage no IMDB.
Os Longstreet e os Cowan reúnem-se civilizadamente para conversar a propósito duma cena de violência entre os dois filhos de 11 anos. Filme psicológico de grande intensidade, no qual os dois casais revelam, numa tarde, a sua verdadeira natureza...Fonte: cinema.sapo.pt
Carnage no IMDB.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Mini/Meia Maratona - Ponte Vasco da Gama
Rapazes para a meia maratona, raparigas para a mini-maratona. Eles, 21,097Km, nós, cerca de 6km.
Temos por hábito combinar estes eventos desportivos no conforto do lar, ou numa mesa de café onde nos sentimos confortáveis, de modo que na altura em que combinamos ir e nos inscrevemos achamos sempre que é uma óptima ideia participar nestas coisas.
Quando se chega o dia e nos vemos obrigados a acordar antes das 7 da manhã, de noite escuro, para participar num evento que ainda por cima é cansativo, achamos mesmo que enlouquecemos algures no tempo, mas já que lá estamos temos de ir.
Desta vez as t-shirts oferecidas eram amarelas e os bonés vermelhos, só por causa das coisas levei uma t-shirt cor de rosa e um boné branco, para destoar.
Mais uma vez a organização esteve impecável, tudo muito bem orientado, desde os transportes para a ponte, como os pontos de água e comida, como a meta no final com a típica fila em que dão, por esta ordem, medalhas, mochilas com água e leite, bananas e gelados (desta vez a Olá esmerou-se, deu-nos um Magnum).
Completei os 6Km em cerca de 40 minutos e devo dizer que até fiquei bastante contente com a minha prestação, no meio da confusão pensei que ia demorar mais tempo até conseguir correr efectivamente e as subidas que fomos encontrando até se revelaram acessíveis.
Vale sempre a pena pela experiência, mas não devo voltar a esta, agora temos as do Porto e do Douro para conhecer.
A medalha é tão bonita!!!
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