quarta-feira, 30 de março de 2016

Já dei sangue!


E já foi há uma semana!

Update: acabei de receber uma SMS a informar-me que o sangue que dei já foi utilizado num paciente. É ou não é um motivo para ficar a sorrir? Daqui a uns meses estou lá outra vez...

quarta-feira, 23 de março de 2016

A porteira, a madame e outras histórias de portugueses em França, de Joana Carvalho Fernandes


Histórias de pessoas de emigraram numa época tão difícil como foi o pré-25 de Abril ou mesmo histórias dos que, nos dias que correm, tiveram de largar tudo e fazer frente a uma crise que não pediram são histórias que me tocam, que mexem comigo. A coragem, a força de vontade, e o risco que correm faz-me admirar estas pessoas cada vez mais,

Este livro conta-nos histórias verdadeiras de portugueses que saíram de Portugal por força das circunstâncias e que, à sua maneira, venceram. Venceram o medo, as dificuldades, venceram-se a si próprios. É uma leitura que recomendo, sem dúvida, e que se faz de um só fôlego.
França é o país estrangeiro onde vivem mais portugueses. São quase 600 mil. Se contarmos com os descendentes, são mais de um milhão. Este livro dá rostos a esses números: conta histórias dos que partiram para combater na Primeira Guerra e decidiram ficar, dos que fugiram da ditadura, da miséria e da Guerra Colonial e não voltaram, e dos que deixaram o Portugal da Troika.
Fonte: fnac.pt

quinta-feira, 17 de março de 2016

O Coro dos Defuntos, de António Tavares


"O Coro dos Defuntos", de António Tavares, sagrou-se vencedor do Prémio Leya em 2015 e, como tenho lido todos os vencedores de edições anteriores, não poderia deixar passar este em branco.

O livro é composto por capítulos que se assemelham a contos, e por vezes a ligação entre eles não é evidente e chega a ser inexistente. O tipo de linguagem é diferente, com palavras a que não estamos habituados no dia-a-dia. Ainda assim faz uma descrição do Portugal rural dos anos 70 focando aspectos históricos mundiais daquela época e que foi o que mais me cativou neste livro.

Os regionalismos, em homenagem à forma de escrever de Aquilino Ribeiro - frisado pelo autor no início do livro -, são um elemento diferenciador e ao mesmo tempo cansativo ou mesmo exagerado.

A história em si parece que não desenvolve, em termos de conteúdo ficou um pouco aquém da minha expectativa, ainda assim vale sempre a pena ler.
Um belíssimo retrato do mundo rural português entre 1968 e 1974. Vivem-se tempos de grandes avanços e convulsões: os estudantes manifestam-se nas ruas de Paris e, em Memphis, é assassinado o negro que tinha um sonho; transplanta-se um coração humano e o homem pisa a Lua; somam-se as baixas americanas no Vietname e a inseminação artificial dá os primeiros passos.Porém, na pequena aldeia onde decorre a acção deste romance, os habitantes, profundamente ligados à natureza, preocupam-se sobretudo com a falta de chuva e as colheitas, a praga do míldio e a vindima; e na taberna – espécie de divã freudiano do lugar – é disso que falam, até porque os jornais que ali chegam são apenas os que embrulham as bogas do Júlio Peixeiro.E, mesmo assim, passam-se por ali coisas muito estranhas: uma velha prostituta é estrangulada, o suposto assassino some-se dentro de um penedo, a rapariga casta que colecciona santinhos sofre uma inesperada metamorfose, e a parteira, que também é bruxa, sonha com o ditador a cair da cadeira e vê crescer-lhe, qual hematoma, um enorme cravo vermelho dentro da cabeça.Quando aparece o primeiro televisor, as gentes assistem a transformações que nem sempre conseguem interpretar... António Tavares (Angola, 1960) formou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. É professor do ensino secundário e, actualmente, exerce o cargo de vicepresidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz. Escreveu peças para teatro – Trilogia da Arte de Matar, Gémeos 6, O Menino Rei –, estudos e ensaios – Luís Cajão, o Homem e o Escritor; Manuel Fernandes Thomás e a Liberdade de Imprensa; Arquétipos e Mitos da Psicologia Social Figueirense; Redondo Júnior e o Teatro – entre outros. Foi jornalista, fundador e director do periódico regional A Linha do Oeste. Fundou e coordenou a revista de estudos Litorais.Como romancista, obteve uma menção honrosa no prémio Alves Redol, atribuída em 2013 pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira ao romance O Tempo Adormeceu sob o Sol da Tarde, ainda no prelo, e foi finalista do Prémio Leya 2013 com As Palavras que me Deverão Guiar um Dia. Com o romance O coro dos defuntos venceu, por unanimidade, o Prémio Leya 2015
Fonte: fnac.pt

sexta-feira, 11 de março de 2016

Pela estrada fora

A estrada que percorro não é lisa, de asfalto polido, tem pedras, tem degraus, tem raízes a brotarem das entranhas da terra. Calço o meu melhor calçado da luta e sigo, subo e desço, atravessam-me sonhos e desfazem-se no degrau a seguir. Prometo, rio e sonho. Corro, às vezes vou devagar, caminho a passo de caracol, mas nunca deixo de avançar, na vida como nos sonhos.

domingo, 6 de março de 2016

Gosto mesmo da Madeira

Há já vários anos que não sou turista na Madeira, voltar ano após ano é como regressar a uma casa onde nunca vivi mas que já é um bocadinho minha também!
(Desta vez levo sacos de broa de mel e hei-de me empanturrar com elas e muito chá - este da Gorreana, tem de ser!)

terça-feira, 1 de março de 2016

2016 - Fevereiro

Dar

Fevereiro foi o mês de dar, mas por falta de tempo, oportunidade ou lá o que seja, não dei aquilo que para mim é mais importante e que já posso: sangue. Queria muito ter ido dar sangue mas não consegui. Foi um mês muito intenso. Ao encaixotar a nossa vida seleccionei muitas coisas para dar, mesmo muitas, coisas que não preciso, que já não visto, que já não uso. Espero que alguém lhes dê melhor uso.
Ainda assim, hei-de pegar em mim e ir dar sangue de propósito que é algo que não faço há alguns anos e que sinto falta.