quarta-feira, 29 de julho de 2015

Nunca serei uma fashion blogger #7

Eu nem sequer me sei maquilhar decentemente!!!

Epifanias de terça-feira #3

Não te deites tarde quando no dia seguinte tiveres de acordar (muito) cedo. Vai custar. Quando vires que a discussão não vai dar em nada, cala-te e não teimes, diz que sim e pronto. Mexe-te, nem que seja apenas uma caminhada de uma hora. Ouve música, e presta-lhe atenção, não é ouvir só por ouvir. Não te acomodes, vai lá, reivindica e procura melhor se não te agradar. Tendo essa oportunidade, como peixe acabado de pescar, pouca gente o pode fazer com esta facilidade.

segunda-feira, 27 de julho de 2015

Nunca serei uma fashion blogger #6

Tenho uma t-shirt que gosto muito cheia de buraquinhos pequeninos (provavelmente feitos pelo cinto da calças), ainda não sei como resolver a situação mas não planeio pô-la no lixo.

domingo, 26 de julho de 2015

Nunca serei uma fashion blogger #5

Não comprei um biquini, triquini nem fato de banho este ano. É que nem sei quais são as marcas de biquinis que andam aí na moda.

sábado, 25 de julho de 2015

Nunca serei uma fashion blogger #4

Não tenho um closet. Na verdade tenho um armário pequeno que partilho e que mal me cabe a roupa no meio de tantos fatos, camisas, gravatas e casacos.

sexta-feira, 24 de julho de 2015

Nunca serei uma fashion blogger #3

Não comprei botas no Inverno passado, e tenho nos planos não comprar também no próximo Inverno.

quinta-feira, 23 de julho de 2015

Nunca serei uma fashion blogger #2


Não tenho um macacão, ou como se diz agora, um jumpsuit. Vamos lá ver o lado prático da coisa: aquilo não dá jeito nenhum quando uma pessoa precisa de ir à casa de banho (é que eu penso nessas eventualidades quando compro roupa).

Fonte da imagem: Zara

terça-feira, 21 de julho de 2015

Nunca serei uma fashion blogger #1

A peça de vestuário/calçado mais cara que comprei acho que foram umas botas de pele, pretas, de cano alto, na Staza, que me custaram a loucura de 120€ para aí em 2007. Passei tanto tempo a namorá-las na montra (e a poupar para elas) que quando as comprei nem as queria usar para não estragar.

O flagelo dos saldos e das férias

No dia em que almoço no Shopping tenho por hábito entrar em 2 ou 3 lojas para ver as novidades. Esta semana lembrei-me de passar na Zara para espreitar os saldos ou mesmo a colecção nova. Estava eu a derreter-me para cima de um vestido e um colete cheio de pêlo para a minha mai' nova quando começo a ouvir grande algazarra a aproximar-se. Claro que a minha atenção foi desviada e virei imediatamente a cabeça para perceber que motim era aquele.

O motim, facilmente identificado como "família emigrante de férias neste recanto à beira mar plantado", era composto pela mãe, loira tigresse extravagante que falava alto como o raio, jovem adolescente com cara de que todos lhe devem e ninguém lhe paga e muito menos irá vestir o que quer que seja na zona de criança da Zara, pai despenteado, gordo e desarranjado, miúdo irrequieto que só está bem aos saltos e a falar. Família nuclear deslocava-se acompanhada de mais uma eventual tia loira, gorda, extravagante que também falava alto (eu e os eufemismos...).

A particularidade desta família prende-se com, além de falarem alto como o caraças, alternarem perguntas e respostas entre o português e o francês. Delicioso!

Viravam os montes de roupa em saldo nas bancas da loja, tiravam cabides, empilhavam tudo num braço como se estivéssemos à beira da Terceira Guerra Mundial e a roupa fosse os mantimentos para meses ou anos de guerra.

Apeteceu-me ficar ali num canto a observar a dinâmica familiar e a ouvir as conversas (sim, eu até entendo francês) daquela família tão particular e tão igual a outras, ao fim e ao cabo. Eu devia ter estudado algo relacionado com o comportamento das pessoas.

Sorri e fui à minha vida. Há coisas que nunca mudam, e na verdade é bom que elas nunca mudem mesmo...

Epifanias de terça-feira #2

Corre, nada, joga futebol, ou simplesmente caminha, mexe-te, é importante. Aprecia os finais das tardes de Verão numa esplanada a ver os bronzes a passarem pela avenida enquanto bebes um fino fresquinho acompanhado de um pires de caracóis. Escolhe um café pela qualidade do café, e não por ter uma boa vista. Visita pessoas que não vês há meses e que te são queridas. Cede a passagem às pessoas mais velhas ou com mobilidade mais reduzida. Sorri, todos os dias. Lê meia dúzia de linhas de um livro todos os dias. Se tens filhos, junta-te com pessoas que também tenham filhos, pois vais acabar a falar deles, inevitavelmente e não vale a pena aborrecer quem ainda não os tem. Tira o chapéu ao fim da tarde e deixa o cabelo molhado e salgado secar ao sol. Rebola-te na areia com os miúdos, eles vão delirar. Leva-os ao mar, para as ondas grandes, mas sempre de mão dada e com a certeza que é seguro. Põe-te sempre entre eles e o mar, mesmo quando eles só estão ali à beirinha a molhar-se.

Promessas...

Ou me calha o Euromilhões ou deixo de almoçar uma vez por semana no Shopping. É que uma pessoa ainda nem foi de férias de Verão e já começa a ver a Zara com a nova colecção de Inverno para menina e é tudo tão lindo e amoroso.

Ou me calha o Euromilhões ou não volto a entrar na Parfois. É que eu nem gosto assim tanto de carteiras, nem sou muito de adquirir tal acessório, mas está lá uma tão bonita da nova colecção que custa para cima de 30€ e isso não vem contemplado no orçamento de(o meu) Estado deste mês, nem do próximo e muito menos do outro!

Ou me calha o Euromilhões ou nunca mais abro um blog de viagens com viagens à roda do mundo. Mais vale desligar a internet e fica o assunto arrumado.

Ou me calha o Euromilhões ou deixo de escrever posts, crónicas e relatos de viagens.

Ou me calha o Euromilhões ou a mai' nova nunca vai ter os álbuns organizados.

Ou me calha o Euromilhões ou deixo de jogar..

A Outra Voz, de Gabriela Ruivo Trindade


Inspirada na vida de um familiar da autora, esta história apresenta-nos João José Mariano Serrão, uma personagem fulcral no desenvolvimento e evolução da cidade de Estremoz. Mariano, assim conhecido, é-nos apresentado por cinco personagens que com ele privaram para, no fim, o conhecermos pelas suas próprias palavras em forma de diário.
Ainda que haja realidade nesta história, aqui se esconde um romance histórico situada na época da Implantação da República que acompanhou o tempo e os acontecimentos até ao fim do regime ditatorial que marcou o país por mais de 40 anos.

A autora, vencedora do Prémio Leya 2013 com este livro, tem uma escrita cuidada, simples, descontraída, mas dramática a ponto de cada personagem parecer mais dolorosa de ler que a anterior.

Talvez por ter demorado algum tempo a ler este livro, perdi-me um pouco com as personagens e com a sua ligação, em que geração estavam e qual o cenário político da época, ainda assim é de uma leitura agradável.
João José Mariano Serrão foi um republicano convicto que contribuiu decisivamente para a elevação de Estremoz a cidade e o seu posterior desenvolvimento. Solteiro, generoso e empreendedor como poucos, abriu lojas, cafés e uma oficina, trouxe a electricidade às ruas sombrias e criou um rancho de sobrinhos a quem deu um lar e um futuro. É em torno deste homem determinado, mas também secreto e contido, que giram as cinco vozes que nos guiam ao longo destas páginas, numa viagem que é a um tempo pessoal e colectiva, porque não raro as estórias dos narradores se cruzam com momentos-chave da história portuguesa. Assim conheceremos um adolescente que espreitava mulheres nuas e ria nos momentos menos oportunos; a noiva cujos olhos azuis guardavam um terrível segredo; um jovem apaixonado pela melhor amiga que vê a vida subitamente atravessada por uma tragédia; a mãe que experimentou o escândalo e chora a partida do filho para a guerra; e ainda a prostituta que escondia documentos comprometedores na sua alcova e recusou casar-se com o homem que a amava. Por fim, quando estas vozes se calam, é tempo de ouvirmos o protagonista através de um diário escrito noutras latitudes e ressuscitado das cinzas muitos anos mais tarde. Baseado em factos reais, "Uma Outra Voz" é uma ficção que nos oferece uma multiplicidade de olhares sobre a mesma paisagem, urdindo a história de uma família ao longo de um século através das revelações de cada um dos seus membros, numa interessante teia de complementaridade.
Fonte: fnac.pt

terça-feira, 14 de julho de 2015

Põe quanto és / No mínimo que fazes.

Nove anos de blog, hoje, neste 14 de Julho. Nove anos depois outro poema, desta vez de Fernando Pessoa, na "voz" de Ricardo Reis.

Para ser grande, sê inteiro: nada 
Teu exagera ou exclui. 

Sê todo em cada coisa. Põe quanto és 
No mínimo que fazes. 

Assim em cada lago a lua toda 
Brilha, porque alta vive 

Ricardo Reis, in "Odes" 
Heterónimo de Fernando Pessoa 

Epifanias de terça-feira #1

Carrega no Send e não penses duas vezes. Vai lá e fala como quem tem o coração na boca e a paixão à flor da pele. Poupa, vai saber-te bem. Poupa-te, irá saber-te ainda melhor. Calça saltos altos com confiança e usa aquela saia que há séculos não sai do armário, uma leve mudança enriquece a alma, pelo menos nesse dia. Bebe café sem açúcar, colecciona os pacotes de açúcar e ao fim de uma semana quantifica o açúcar que não ingeriste. Escreve palavras soltas aqui e acolá, quem sabe um dia façam sentido todas juntas. Anota as ideias que fores tendo, senão elas acabam por se esfumar na correria do dia. Apanha sol na cara de olhos fechados e sorri, mas lembra-te sempre do protector solar. Bebe água, mesmo que não tenhas vontade, o corpo agradece. Adopta os chinelos e os calções como a roupa oficial do Verão, só assim o Verão faz sentido. Livra-te da tralha. Livra-te da roupa que não usas e dos sapatos que não calças. Conduz com a janela aberta e os cabelos ao vento, sem pressa. Sorri, com os dentes todos e com olhos. Reclama se tiveres razão. Agradece sempre e sorri no fim, os sorrisos trazem conquistas. Arranja uns minutos para resumir o dia, pensar nas coisas importantes e nos planos. Fá-lo de olhos fechados sob um céu estrelado e uma noite fresca.

Confusões literárias

Sabes que o fim de semana te afectou quando ouves no rádio que as escolas passarão a incluir Mandarim no currículo escolar e pensas "Olha, bem pensado, mais um livro do Eça no plano".

quinta-feira, 2 de julho de 2015

Coisas que me irritam #7

Pessoas que se passeiam pelo hipermercado ao fim da tarde, com aquele ar de quem está de férias e com todo o tempo do mundo, com camisolas que mostram o bronze e as marcas de dois fatos de banho diferentes quando eu ainda mal meti o pé na areia e faço compras a correr pensando nas mil coisas que ainda tenho de fazer a seguir. Há dias que invejo algumas vidas.