segunda-feira, 27 de maio de 2013

Frase do dia #66

What would be the point of living if we didn’t let life change us
Mr. Carson - Downton Abbey 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Piódão

Depois de uma primeira tentativa frustrada de uma caminhada e piquenique no Piódão, decidimos fazer nova tentativa no feriado de 1 de Maio. Desta vez todos em carros, mais do que na vez anterior, com uma hora para a frente em relação à partida e aí vão eles muito airosos pela estrada fora, novamente com os carros carregados de carne para gelhar, pão, sumos, minis e muita boa disposição.
A viagem fez-se bem, sempre em velocidade cruzeiro. Ignorámos o GPS e seguimos as placas, como devíamos ter feito na semana anterior. Chegámos ao Piódão e tratámos logo de comer uma fatia de bolo, meter águas e fruta nas mochilas e demos início à caminhada.
A caminhada que tínhamos visto na Internet e da qual arranjámos o percurso para o GPS (outra vez o GPS...) era do Piódão a Foz d'Égua e regresso por um caminho diferente. A caminhada começou por estrada e a certa altura lá entrámos por um trilho meio escondido sem qualquer indicação a descer e a subir por um caminho estreito, com pedras soltas, vegetação e tudo a que tínhamos direito. Foz d'Égua é um pequeno lugar com poucas casas, um ribeiro e uma ponte à Indiana Jones mas com cariz de lugar paradisíaco (claro que eu não sobrevivia mais de 2 dias naquele ermo).
O regresso da caminhada foi pela outra margem e muito menos acidentado no que toca a pedras soltas, descidas acentuadas e vegetação no caminho.
Quando chegámos novamente ao Piódão já a fome era negra e as horas de almoço já lá iam. A aldeia tem um pequenino parque de merendas mesmo no centro com churrasqueira e tudo. Claro que nos alapámos ao lugar e só de lá saímos com a barriga cheia de carne, pão, batatas fritas e salada, e depois de tudo devidamente limpo e arrumado.
Depois de beber café achámos que era altura para passeio a pé pela aldeia, parámos logo na banca dos licores, passámos pela Igreja, subimos à Capela e andámos por ali a descobrir um bocadinho dos recantos da aldeia. É a terceira vez que vou ao Piódão e é a terceira vez que venho de lá a dizer que as pessoas são umas antipáticas de primeira. Meus senhores do Piódão, vocês vivem num buraco no fundo da serra do Açor, se não forem simpáticos com quem vos vai visitar e comprar os vossos produtos, sujeitam-se a uma maior solidão e menos rendimentos. "O posto de turismo fechou às 17h" não é resposta que se dê a uma pessoa curiosa sobre o pormenor das cruzes, que pergunta educadamente e com simpatia, ainda para mais a senhora estava na Igreja a vender velas, devia ao menos dizer que não sabia com bons modos. Os bons modos nunca fizeram mal a ninguém. (Desculpem lá, alguém tinha de dizer isto).
Posto isto, arrumámo-nos todos nos carros e fomos embora à nossa vida que ainda nos esperavam uns bons quilómetros até casa.
No caminho aproveitámos para passar na Mata da Margaraça e na Fraga da Pena, uma queda de água muito fresquinha de cerca de 20metros que fica junto à aldeia de Benfeita, na serra do Açor.
Claro que o dia não ficou por aí, e quando chegámos ainda nos juntámos para comer e beber o que sobrou. Mais um daqueles dias memoráveis. Agora que já sabemos como é temos de ir às outras aldeias históricas de Portugal.







quinta-feira, 9 de maio de 2013

Broken City


Nicholas Hostetler (Russel Crowe) é o Presidente da Câmara de Nova Iorque, arrogante, ambicioso e meio fanfarrão que está prestes a ser re-eleito. Nick contrata Billy Taggart (Mark Wahlberg), ex-polícia e agora detective privado, para investigar quem é o amante da sua esposa Cathleen (Catherine Zeta-Jones). Apesar de reticente, Billy aceita o trabalho mas começa a desconfiar que algo está errado quando o suposto amante aparece morto à porta de casa. Billy descobre que as intenções por trás desta investigação de um suposto amante são outras e Billy acaba envolvido num cenário de crime e corrupção.
Não tendo um argumento de grande originalidade ou eloquência, este filme tem a capacidade de nos deixar divididos entre o que está certo perante a lei e o que está certo na consciência de cada um, tal como aconteceu em Flight.
Billy Taggart tem uma carreira promissora como polícia da cidade de Nova York até à noite em que se vê envolvido num controverso tiroteio. Billy é afastado da polícia, mas consegue manter-se em liberdade graças ao popular presidente da câmara de Nova Iorque, começando a trabalhar como detetive particular. Os tempos estão difíceis para Billy mas parecem melhorar quando o presidente lhe oferece $50.000 para investigar as supostas relações extraconjugais da primeira-dama.
Infelizmente, rapidamente se torna evidente que as intenções do presidente da câmara não são o que parecem e que para Billy alcançar a redenção, terá de arriscar tudo - até possivelmente a sua liberdade.
Fonte: Sétima Arte Online

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Uma aventura no IC6


Dia 25 de Abril, (ainda) feriado, às 9h da manhã estavam 13 pessoas a carregar carros, preparar as motas para dar início a um dia entre amigos num misto de piquenique e caminhada para os lados do Piódão. A vida corria bem, era cedo, estávamos entusiasmados, com dois carros carregados de carne e pão para o almoço.


Iam eles todos gaiteiros IC6 adiante quando surge na estrada um bocado de pneu de camião. Ora a minha perícia como condutora permitiu-me pensar que se me desviasse para a direita batia nos pinos de um acesso ao IC6, se me desviasse para a esquerda encostava um dos nossos motards ao separador central correndo o sério risco de o deixar muito mal tratado. Assim sendo, tentei passar mais ao meio possível do pneu e deu-se um estoiro de tal ordem que não foi bonito de se ouvir.



Encostámos todos, olhámos para o carro, parecia inteiro apesar de um barulho grande e estranho que fazia. Decidimos andar mais um pouco a ver se se mantinha, e manteve-se o barulho. Sem saber qual o tamanho do estrago não poderíamos continuar a empreitada, os planos acabavam de ir por água abaixo.
Chamou-se a assistência em viagem, que mandou um reboque e dois taxis para levar os 5 marmanjos que seguiam no meu carro mais a bucha toda que levávamos na mala do carro. Chamou-se a polícia para fazer uma queixa formal dado que o lugar daquele pneu não era ali e as Estradas de Portugal têm como obrigação manter as estradas limpas para a circulação.
Claro que estas coisas demoram tempo. O 112 passou-me a chamada para a polícia de Coimbra, de Coimbra passaram-me para Arganil e isto manteve-me ocupada durante uns bons 20 minutos a explicar tudo direitinho a cada um a quem me passavam a chamada. Finalmente a polícia de Arganil lá disse que ia mandar alguém para averiguar a situação.
Depois de algum tempo ali na berma do IC6 a secar ao sol, já quase todos com bonés na cabeça e no fim de uma das nossas distribuir fatias de bolinho embrulhadas em película aderente, chegou a polícia (e agora só me vem à cabeça aquela música "Chamem a polícia, oh oh oh").
Os dois jovens polícias, bem dispostos e cheios de humor tomaram conta da ocorrência, no meio de tudo ainda soube que um deles era oriundo lá dos lados da minha Gândara, conhecíamos pessoas em comum e até andei na escola com o irmão dele, apesar de não me lembrar de tal pessoa. Levei uma lição prática de "como fechar o triângulo" que aqui a naba nunca tal coisa tinha feito e aquilo até parece que é preciso um curso.



Depois de tudo bem escrito e detalhado, lá chega o reboque, o meu azulinho sobe lá para cima e lá vai o desgraçado estrada fora, valha-nos o gasóleo que isso me poupou! Nós distribuimo-nos pelos taxis, conduzidos por dois senhores que mais pareciam fugidos de um lar de idosos, foram quilómetros de pânico e medo até Coimbra. 


 Ora dado que tínhamos tanta carne fresquinha, pãozinho molezinho, batatas fritas, água, minis e toda uma refeição nos carros, não demos o dia por terminado e seguimos para um parque de merendas desencantado não se sabe bem como em Arzila, nos arredores da cidade. A tarde foi passada a assar carne, a comer, a conversar, sentados em mesas ou deitados nas mantas que levámos para a sesta.
No fim de tudo foi um dia bem passado com aqueles amigos de sempre e os para sempre. No meio da desgraça toda conseguimos aproveitar bem o dia. Claro que à noite jogava o SLB deles e ainda se orientou um jantar cá em casa para assistir ao dito jogo.
A história terminou com o arranjo do carro que nem ficou assim tão mal tratado como seria de esperar e uma reclamação feita às Estradas de Portugal, que o arranjo não foi caro mas eu não nado em notas de 500€, e por muito boa pessoa que eu seja este incidente não fica por aqui, hei-de reclamar com quem tiver de ser para que o estrago me seja pago. Deixem-me acreditar que isso um dia vai acontecer.

Adenda: as Estradas de Portugal, simpáticas que só elas, descartaram-se da responsabilidade de manter as estradas limpas e não me pagaram nem um cêntimo pelo arranjo do carro. Quando tiver tempo reclamo de novo, hão-de gastar o dinheiro do arranjo em correio registado...