Maria (Rita Blanco) e José Ribeiro (Joaquim de Almeida) são dois portugueses emigrantes a viver em França há mais de 30 anos, ela porteira e ele pedreiro. Os seus filhos Pedro (Alex Alves Pereira) e Paula (Barbara Cabrita) já nasceram em Paris e estão perfeitamente integrados na sociedade francesa. Quando Maria e José recebem a notificação que herdaram a quinta da família no Douro começam a sonhar com o regresso ao seu país e à sua terra. Tentam manter segredo até decidir se efectivamente regressam ou não, mas a notícia espalha-se sem que eles saibam e toda a vizinhança começa a conspirar para que eles não regressem pois têm noção da falta que eles lhes fazem em Paris, enquanto pessoas e trabalhadores.
Este é um filme que mostra a vida dos emigrantes portugueses em França com gosto e elegância, com orgulho no feitio trabalhador dos portugueses, com grandes interpretações dos actores escolhidos.
Ruben Alves, o realizador, é, apesar de francês, ele próprio filho de emigrantes portugueses, filho de uma porteira e de um pedreiro. Dá gosto ver como os portugueses e os franceses se renderam a este filme, um filme onde se mistura o talento dos actores portugueses, franceses e luso-descendentes.
Mostrando ao mundo a realidade dos emigrantes portugueses em França, este filme é uma comédia inteligente muito perspicaz, uma bonita homenagem aos nossos emigrantes e à sua luta para singrar em terras estrangeiras.
"A Gaiola Dourada" faz rir em muitas ocasiões mas também dá que pensar, um arrepio corre-nos no corpo quando numa casa de fados em Paris Catarina Wallenstein canta o fado (da Amália) e várias cenas se vão sucedendo até culminar com a última frase deste fado "Das mãos de Deus tudo aceito, mas que morra em Portugal".
Um filme que recomendo a todos os portugueses quer tenham família emigrante ou não, porque aqui está retratada um bocadinho da nossa história.
E este é o fado que faz arrepiar.
C'est ça que c'est bon.
Num dos melhores bairros de Paris, Maria e José Ribeiro vivem há cerca de 30 anos na casa da porteira no rés-do-chão de um prédio da segunda metade do século XIX. Este casal de imigrantes portugueses é querido por todos no bairro: Maria uma excelente porteira e José um trabalhador da construção civil fora de série. Com o passar do tempo, este casal tornou-se indispensável no dia-a-dia dos que com ele convivem. São tão apreciados e estão tão bem integrados que, no dia em que surge a possibilidade de concretizarem o sonho das suas vidas, regressar a Portugal em excelentes condições, ninguém quer deixar partir os Ribeiro, tão dedicados e tão discretos. Até onde serão capazes de ir a sua família, os seus vizinhos e os patrões para não os deixarem partir? Mas estarão, a Maria e o José, verdadeiramente com vontade de deixar França e de abandonar a sua preciosa gaiola dourada?Fonte: cinema.sapo.pt
La cage dorée no IMDB.
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