segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Enquanto Salazar Dormia, de Domingos Amaral


Jack Gil Mascarenhas Deane, filho de pai inglês e mãe portuguesa, regressa a Lisboa com 85 anos para assistir ao casamento do seu neto Paul que, surpreendentemente, irá casar com uma portuguesa. Depois de 50 anos longe daquela cidade com uma luz inconfundível, Jack encontra uma Lisboa totalmente diferente daquela que conheceu nos anos da 2ª Guerra Mundial. Enquanto Londres era fustigada pelas bombas de Hitler e os seus exércitos conquistavam a Europa, em Lisboa parecia reinar a calma e a tranquilidade de uma nação peuso-neutra na questão da guerra, naquela época desembarcava em Lisboa a elite europeia numa tentativa de fugirem ao fogo cruzado que se fazia sentir por toda a Europa.
Nessa época, o jovem Jack Gil está à frente do escritório lisboeta da companhia de navegação do seu pai e tem prometida a jovem Carminho, menina de boas famílias com uma saúde muito frágil cujo pai admirava Churchill e irmãos simpatizavam com Hitler.
No entanto, Jack Gil começa-se a aperceber que o ambiente tranquilo de Lisboa pode ser apenas aparência e que nas ruas da capital portuguesa circulam espiões ingleses, alemães, vigiados pela PVDE. A vida de Jack Gil era tranquila até ao dia em que também ele passou a ser um espião pertencente ao MI6.
As memórias do velho Jack desvendam-nos as redes de espionagem, redes essas difíceis de diferenciar dos romances tórridos que ele teve com as mulheres que amou em Lisboa.
Era "enquanto Salazar dormia" que Lisboa acordava, sedutora e perigosa, temida por uns, amada por outros.
Ainda que algumas personagens sejam efectivamente reais e alguns eventos tenham realmente acontecido, a história é ficção. Retrata-nos uma época fascinante que foi um marco na história mundial, claramente pelas piores razões. A neutralidade de Portugal nesta guerra foi desde sempre questionada, à Inglaterra não lhe interessava mais uma frente de combate, à Alemanha interessava o volfrâmio que fornecíamos e assim Portugal manteve-se aparentemente à margem de uma guerra que matou milhões.
O livro oferece-nos uma leitura agradável, com um enredo bem organizado e com acção suficiente para prender o leitor página após página.
Uma história de amor em tempo de Guerra. Lisboa, 1941. Memórias de um espião numa cidade cheia de luz e sombras.Numa Europa fustigada pelos horrores da II Guerra Mundial, os refugiados chegam aos milhares e Lisboa enche-se de milionários, actrizes, judeus e espiões. Portugal torna-se palco de uma guerra secreta que Salazar permite, mas vigia à distância.
Lisboa, 1941. Um oásis de tranquilidade numa Europa fustigada pelos horrores da II Guerra Mundial. Os refugiados chegam aos milhares e Lisboa enche-se de milionários e actrizes, judeus e espiões.
Jack Gil Mascarenhas, um espião luso-britânico, tem por missão desmantelar as redes de espionagem nazis que actuavam por todo o país, do Estoril ao cabo de São Vicente, de Alfama à Ericeira. Estas são as suas memórias, contadas 50 anos mais tarde. Recorda os tempos que viveu numa Lisboa cheia de sol, de luz, de sombras e de amores. Jack Gil relembra as mulheres que amou; o sumptuoso ambiente que se vivia no Hotel Aviz, onde espiões se cruzavam com embaixadores e reis; os sinistros membros da polícia política de Salazar ou mesmo os taxistas da cidade.
Um mundo secreto e oculto, onde as coisas aconteciam «enquanto Salazar dormia», como dizia ironicamente Michael, o grande amigo de Jack, também ele um espião do MI6. Num país dividido, os homens tornam-se mais duros e as mulheres mais disponíveis. Fervem intrigas e boatos, numa guerra suja e sofisticada, que transforma Portugal e os que aqui viveram nos anos 40.
Publicado no Brasil com o título Enquanto o Ditador Dormia por uma das mais prestigiadas editoras do país.
Fonte: fnac.pt

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