"A Viagem do Elefante" conta isso mesmo, a viagem do elefante Solimão de Lisboa até Viena, como oferta de D. João III ao seu primo, o arquiduque Maximiliano de Áustria. Solimão vem acompanhado de um cornaca, o homem que dele trata, Subhro, que é a personificação de muitas características da sociedade que o autor critica.
Nunca deixando de esconder críticas em metáforas, Saramago escreve num ritmo e estilo próprios, pegando numa viagem que se resumiria numa página e transformando-a num livro.
Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam.O Livro dos Itinerários Em meados do século XVI o rei D. João III oferece a seu primo, o arquiduque Maximiliano da Áustria, genro do imperador Carlos V, um elefante indiano que há dois anos se encontra em Belém, vindo da Índia. Com base nesses escassos elementos, e sobretudo com uma poderosa imaginação, José Saramago coloca agora nas mãos dos leitores esta obra excepcional que é A Viagem do Elefante. Neste livro, escrito em condições de saúde muito precárias, não sabemos o que mais admirar – o estilo pessoal do autor; a combinação de personagens reais e inventadas; o olhar sobre a humanidade em que a ironia e o sarcasmo, marcas da lucidez implacável do autor, se combinam com a compaixão com que o autor observa as fraquezas humanas. Escrita dez anos após a atribuição do Prémio Nobel, A Viagem do Elefante mostra-nos um Saramago em todo o seu esplendor literário.Fonte: fnac.pt
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