Depois de ler "A Máquina de Fazer Espanhóis" tinha alguma curiosidade no novo livro de Valter Hugo Mãe, "A Desumanização". Perdoem-me os intelectuais e os apreciadores deste livro mas não o achei a obra prima que apregoava a crítica. O livro é diferente, bem escrito e original mas a história, passada nos fiordes da Islândia não me prendeu. No texto não se sentem as paisagens da Islândia, não há grande referências ao local. A história é realmente diferente relacionando temas negros como a depressão, o ódio, a morte, o abandono, luto, solidão e medo que deixam o leitor numa ansiedade para acabar de ler para acabar o sofrimento.
«Mais tarde, também eu arrancarei o coração do peito para o secar como um trapo e usar limpando apenas as coisas mais estúpidas.» Passado nos recônditos fiordes islandeses, este romance é a voz de uma menina diferente que nos conta o que sobra depois de perder a irmã gémea. Um livro de profunda delicadeza em que a disciplina da tristeza não impede uma certa redenção e o permanente assombro da beleza.O livro mais plástico de Valter Hugo Mãe. Um livro de ver. Uma utopia de purificar a experiência difícil e maravilhosa de se estar vivoFonte: fnac.pt
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