segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

"O elogio do fracasso"



Ultimamente não tenho tido muito tempo para me dedicar à leitura, um novo emprego e um novo curso não me têm deixado nem um bocadinho de tempo livre para tal. Passei muito tempo com este livro na mesinha de cabeceira, não era assim tão interessante quanto julguei e a curiosidade de saber o final desvaneceu-se ainda não ia a meio. Mas como eu gosto pouco de deixar coisas a meio, aproveitei estes dias à volta do Natal para o terminar (e poder seguir para outras leituras). Como disse, o tipo de escrita e o assunto não despertam grande interesse, mas lê-se bem, é acessível e simples.

Francisco é um jovem recém-licenciado em Direito com a perspectiva de um futuro brilhante à sua frente. Mas a rotina limitada, previsível e absolutamente desprovida de encanto do quotidiano no escritório de advogados onde estagia não preenche as suas expectativas de vida, nem tão-pouco dá resposta às prementes inquietações do seu espírito. Não é possível que a vida se resuma a isso!
E a ebulição que traz na alma? A perplexidade sem resposta perante o mistério da existência? Como Francisco mais tarde acabará por descobrir, numa semana passada com um grupo de amigos no Alentejo, muitas dessas respostas só podem ser desvendadas no mistério da intimidade com o outro, no amor, na amizade, quando conhecemos a sua, e nossa, essência e podemos tocar a natureza primordial da vida.

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