Niassa, livro com o mesmo nome de um dos lagos mais misteriosos de Moçambique, é uma história de descoberta, tanto a nível pessoal como a nível familiar.
Cansado da vida boémia em Cascais, cansado das festas de fim de Verão, de fim disto ou daquilo, aos trinta anos, o mais jovem da família Garcia decide partir para as profundezas de Moçambique para procurar o irmão Rafa que mal conhece, de quem ninguém sabe há algumas semanas. A sua viagem por Moçambique leva-nos a conhecer um pouco de Moçambique e do seu passado português.
Este é um romance contemporâneo que ajuda a perceber um pouco mais desse bocado da história que foi a presença portuguesa em África, sem saudosismos, através de algum detalhe mas com uma escrita clara e objectiva como é característico dos jornalistas, classe a que Francisco Camacho pertence.
Os livros que descrevem África e a influência que de alguma forma os portugueses lá tiveram continuam a fascinar-me, não que alguma vez me tenha passado pela cabeça sequer visitar algum deles. Este livro foi lido num ápice e no fim ficou aquela saudade de um livro que ainda não devia ter acabado, ainda havia tanto que eu queria saber.
"Esperar algum reconhecimento daquela gente era o mesmo que fazer uma visita guiada com um grupo de fornacos por um museu de bonecas de porcelana e contar com um forte aplauso no fim."
FARTO DA VIDA QUE LEVA EM LISBOA, um homem de trinta anos resolve partir para o Niassa, a região de Moçambique onde existe um dos maiores e mais enigmáticos lagos africanos, à procura do irmão que desapareceu em circunstâncias misteriosas e que ele mal conhece.A investigação do paradeiro de Rafa leva-o a peregrinar pelos sonhos de grandeza dos tempos coloniais, pela brutalidade da guerra civil moçambicana e pela história trágica da sua família, numa viagem ao imprevisto decorrida entre paisagens deslumbrantes.Fonte: fnac.pt
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