sexta-feira, 29 de abril de 2011

Spots de rádio que me tiram do sério - round 2

Aquele anúncio da Depuralina dá-me cabo dos neurónios. É de mim ou estes anúncios são uma espécie de insulto à inteligência das pessoas que têm de os ouvir?

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Páscoa no Gerês

Se eu podia ter passado estes quatro dias da Páscoa a escrever a minha Tese furiosamente? Podia, mas claro que não seria a mesma coisa. Em vez disso metemos pernas ao caminho e fomos passar o fim de semana prolongado da Páscoa ao Gerês ao nosso palacete por 4 dias, a Casa do Monte.




Éramos treze adultos e duas crianças e arrumámo-nos muito bem no nosso pequeno palacete de 5 quartos, 5 wc's, uma cozinha super equipada, uma sala espaçosa, um sofá confortável e uma sala de jogos (matrecos, snooker, setas...).
Barragem da Caniçada, Cascata do Rio Homem, Portela do Homem, Cascata do Arado foram os sítios que visitámos no sábado durante a tarde, que a manhã era habitualmente reservada às leituras e ao dolce fare niente.
No domingo passámos em São Bento da Porta Aberta (e não que estava mesmo a porta aberta?) a caminho da barragem de Vilarinho das Furnas. Na barragem decidimos ir a pé até uma aldeia que ficou semi-submersa aquando da construção da barragem. O problema é que não sabíamos a distância até à dita aldeia e andámos, andámos, andámos, é já ali depois da curva, e depois de muitas curvas (e cerca de 2.5km) lá chegámos até à antiga aldeia de Vilarinho das Furnas. Não tivemos muita sorte pois há épocas em que a barragem tem menos água e dá mesmo para ver parte da aldeia, nós apenas tivemos oportunidade de ver uns bocadinhos de aldeia submersa. Valeu pela caminhada e pelo descanso nas pedras da aldeia.
Segunda-feira foi dia de regresso a casa depois de um fim de semana que nos soube a pouco e que nos deixou vontade de voltar por mais tempo.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Não esquecer #108

Fonte: Icanread

Unstoppable


Unstoppable conta a história de um engenheiro e um maquinista que se vêem na mesma linha, de frente para um  comboio desgovernado, apelidado de "A Besta" ou "777". Este comboio está carregado com uma quantidade monstruosa de elementos químicos e se se der o caso de descarrilar, poderá destruir uma cidade inteira. Os dois protagonistas, Frank (Denzel Washington) e Will (Chris Pine) juntam a ousadia e a coragem e começam então a delinear um plano para conseguir fazer parar o 777 sem causar grandes estragos.
Baseada em factos verídicos, a história acaba por ser interessante, tem mesmo momentos em que suspendemos a respiração à espera da cena seguinte. A sensação que fica no final é que não foi assim tão espectacular, mas prendeu, e o Denzel Washington é aquele actor que nós já conhecemos, nunca desilude.
Chris Pine é Will, um entre vários num grupo de jovens contratados por uma companhia ferroviária para substituir trabalhadores mais velhos, mais experientes e mais dispendiosos... Para ele o trabalho não é mais que um trampolim e um cheque ao fim do mês. No seu primeiro dia faz equipa com Frank, que não tarda será dispensado mesmo adorando os comboios e o seu trabalho. Após uma série de percalços, um enorme comboio - "A Besta" -, sem condutor e repleto de químicos perigosos, arranca desenfreado da estação, de tal forma grande e com tal ímpeto que vaporiza tudo no seu caminho. Várias agências governamentais tentam, sem sucesso, parar o comboio que ameaça destruir uma pequena cidade localizada numa das curvas. Mas apesar das suas diferenças, Frank e Will juntam forças e colocam as suas vidas em risco a fim de travar o desastre. Frank contribui com a sua experiência e Will com a sua força e ousadia, a coragem e capacidade de ambos são tudo o que têm para dirigir o comboio descontrolado a um final de fazer cortar a respiração.
Fonte: cinema.sapo.pt
Unstoppable no IMDB.

Não esquecer #107

Fonte: Icanread

Não esquecer #106


Fonte: Icanread

Marketing para o Século XXI, de Philip Kotler


Marketing para o Século XXI é um resumo bem compilado e actualizado das mudanças do Marketing no novo século. Publicado no ano 2000, o livro é ainda muito actual, cheio de pequenos pormenores que se adaptam bem à realidade dos dias de hoje. Considero-o, assim, um manual importante para todos os profissionais do Marketing.
Ao longo dos últimos vinte anos, Philip Kotler deu uma série admirável de conferências subordinadas ao tema do marketing no novo milénio. Muito aguardada, esta obra reúne conhecimentos fundados e conselhos inteligentes que actualizam o leitor sobre as linhas de pensamento mais recentes, o auxiliam a revitalizar a sua estratégia de marketing e a obter uma outra compreensão de velhos enigmas: como seleccionar os segmentos de mercado adequados ou como competir com concorrentes que praticam preços baixos, por exemplo. Um trabalho magistral, da autoria de um dos mais destacados e reconhecidos pensadores de marketing da actualidade.
Muito aguardada, esta obra reúne conhecimentos fundados e conselhos inteligentes que actualizam o leitor sobre as linhas de pensamento mais recentes, o auxiliam a revitalizar a sua estratégia de marketing e a obter uma outra compreensão de velhos enigmas: como seleccionar os segmentos de mercado adequados ou como competir com concorrentes que praticam preços baixos, por exemplo. Um trabalho magistral, da autoria de um dos mais destacados e reconhecidos pensadores de marketing da actualidade.
Fonte: fnac.pt

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Planalto e a Estepe, de Pepetela


Em Moscovo, nos anos 60, nasce um amor proibido entre um jovem estudante angolano e uma jovem estudante mongol. A força da autoridade do pai da jovem mongol e o conjunto de informadores sempre à escuta afastam de modo quase irreversível este casal com um amor para a vida.
Seguem caminhos diferentes, um de clausula, outro na guerra de libertação dos países africanos. No decorrer da viagem, o livro leva-nos de Angola a Portugal (primeiro Lisboa, depois Coimbra e as suas tradições académicas), Moscovo, Mongólia, Argélia, Cuba até terminar de novo em Angola.
A escrita de Pepetela permite-nos imaginar os cenários, os sentimentos e ideologias políticas com sofrimento e paixão.


Novo livro de Pepetela. Angola, dos anos 60 aos nossos dias. A história real de um amor impossível.
Do encontro entre um estudante angolano e uma jovem mongol, nos anos 60, em Moscovo, nasce um amor proibido.
Baseada em factos verídicos, ficcionados pelo autor, esta história põe em evidência a vacuidade de discursos ideológicos e palavras de ordem, que se revelam sem relação com a prática. Política internacional, guerra, solidariedade e amor, numa rota que liga um ponto perdido de África a outro da Ásia, passando pela Europa e até por Cuba. Uma viagem no tempo e no espaço, o de uma geração cansada de guerra num mundo cada vez mais pequeno.
Fonte: fnac.pt

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Feliz Páscoa

A todos os que aqui vêm, aos que não vêm, aos padrinhos e madrinhas desse mundo, afilhados e afilhadas da vida, boa Páscoa!
Fonte da imagem: weheartit

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Viste por aí a crise de novo?

Quinta-feira, véspera da sexta-feira santa, temos o FMI no país a estudar de que maneira e com que condições nos vão ajudar. Quinta-feira de tarde, o Governo dá tolerância de ponto. Oh Sr. Sócrates, ao menos podia disfarçar, os senhores do FMI devem estar a ver! Estamos de tal maneira mal que a Função Pública não precisa trabalhar na quinta-feira de tarde. Qual é o motivo da tolerância mesmo?

Viste por aí a crise?

Agora que nos aproximamos da Páscoa decidi ir adquirir uma prendinha para o meu afilhado de 11 anos. Desde sempre que lhe ofereço umas peças de roupa na Páscoa, uma prenda útil que já permite à mãe e ao pai investir noutras coisas para o miúdo, e como os miúdos estão sempre a crescer e a roupa deixa de servir rapidamente, a minha loja de eleição é sempre a Zara. Esta loja tem roupas muito giras para crianças e não são excessivamente caras.
Esta conversa vem na sequência de ter ido à dita loja na terça-feira à noite e ter encontrado a loja cheia de gente, mas tão cheia que eu tinha de me andar sempre a desviar de grupos de senhoras que agarravam peças de roupa ao calhas, com uma espécie de medo que lhes levassem o artigo que queriam. A par com isso, eu que passo a vida a gabar a roupa da Zara Kids, saí de lá desiludida, não houve uma única peça de menino que me chamasse a atenção. Não sei que moda é esta que aí anda. A colecção de menino está uma desgraça, além de estar despida pois as prateleiras e os cabides tinham 1/3 das coisas que costumam ter. Pela primeira vez em 11 anos de existência do meu afilhado, troquei a Zara Kids por outra loja!
Fonte da imagem: weheartit

Não esquecer #105

Fonte: Icanread

terça-feira, 19 de abril de 2011

O Céu não é o limite...é o ponto de Partida!

Os manos mais novos têm uma certa mania de imitar os mais velhos, em algumas coisas. Desde que o meu irmão fez um salto tandem há uns oito anos atrás que fiquei com alguma vontade de fazer o mesmo. Na altura o orçamento disponível não me permitiu saltar com ele, era estudante, não trabalhava e contava os trocos todos da mesada que a mãe me dava.
Desde que comecei a trabalhar, já lá vão uns anos, pensei que um dia havia de juntar dinheiro para ir fazer o dito salto. A desculpa perfeita deu-se quando oferecemos um salto tandem ao C. no aniversário dele (em 2009...) e ele perguntou se alguém queria saltar também. Cheguei-me logo à frente armada em forte e corajosa e foi marcado para 17 de Abril, finalmente!
No dia marcado lá saímos da nossa cidade de manhã cedinho, GPS em riste para nos indicar o caminho até ao aeródromo em Beja e o farnel para o piquenique.
Três horas e qualquer coisa de caminho, Kelle Maria ao volante, lá encontrámos o aeródromo. Como ainda era cedo, fomos procurar um chaparro muito jeitoso para estendermos a manta debaixo dele para procedermos ao dito piquenique. Foi um almoço muito ventoso mas saboroso! Já não fazia um piquenique assim há muito tempo!!
Ao chegar ao aeródromo constatámos que o avião não estava a levantar. Comunicaram-nos que os ventos estavam muito fortes e que enquanto não acalmasse não poderíamos saltar. As normas de segurança são cumpridas à risca nesta escola, a Queda Livre.

Depois de quatro horas ao sol à espera (ficámos todos muito rosadinhos à conta desta tardada ao sol), lá se procedeu ao briefing (pela 2ª vez, que esta malta não facilita) sobre o que fazer no salto e as normas a cumprir e tal e tal, vestimos as fatiotas, prenderam-nos o arnês e estávamos prontos para ir.

Fiquei com o instrutor Taka, japonês, com quem comunicava em inglês, e além disso levei também um camera flyer, o Mauro, para registar o momento. Durante a subida no avião, o Taka verificou se o meu arnês estava bem colocado e bem apertado inúmeras vezes, não convinha estar nada solto. Quando a porta se abriu aos 3200m de altitude para saltar uma passageira estávamos todos presos e equipados caso fosse necessário saltar naquele momento, mais uma vez realço que esta escola cumpre à risca as normas de segurança, não facilitam!
Em momento algum senti medo, nem mesmo quando estava suspensa fora do avião a 4000m de altitude. Acho que não tive tempo de ter medo porque assim que me meti fora do avião, suspensa e em posição de salto, já só consegui pensar 5 segundos depois, já em queda livre a 200 e tal à hora! Os primeiros 5 segundos são a adrenalina pura, não conseguimos pensar, não percebemos o que nos aconteceu e só depois disso começamos a ter noção das coisas, é uma sensação indescritível. Nessa altura abre-se o pára-quedas e pode-se apreciar a paisagem calmamente, sentir o silêncio, a calma e a paz de espírito dos céus.
Na aterragem tudo parece simples, é só levantar os pés, o instrutor faz o resto, a minha aterragem foi bastante tranquila, de pé e calmamente.

Inevitavelmente, na minha cara no final estava estampado um sorriso rasgado!
Foi espectacular, no entanto, não era capaz de fazer disto vida! Podia repetir, sem medos, não fosse esta brincadeira tão longe e tão cara! Valeu o dia, pelo piquenique, pela viagem, pela companhia, pela experiência e por tudo! O vídeo há-de chegar entretanto :)
No regresso a casa, paragem para a famosa Sopa da Pedra em Almeirim, fiquei fã! Foi um domingo memorável, sem dúvida!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Frase do dia #35

“Yesterday is history, tomorrow is a mystery, today is a gift of God, which is why we call it the present.”
Bill Keane

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Decisions, decisions

Está difícil escolher um nome para o blog que quero criar para as minhas viagens, entre as sugestões que me deram aqui (que adorei, diga-se de passagem) e outras ideias que fui tendo, está complicadíssimo! Mais alguém tem por aí uma sugestão que desempate isto?

Fonte: weheartit

Não esquecer #104

Eu sei, eu sei, e é uma pena que eu tinha tantos planos para tantas vidas!

Fonte: weheartit

Não esquecer #103

Já estou a tratar disso!

Fonte: weheartit

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Sugestões aceitam-se


Preciso de uma ajudinha desta rapaziada que perde o seu precioso tempo, escasso nos dias que correm, a ler o arraial de letras que por aqui escrevo quando tenho tempo.
Estou a criar um blog focado nas minhas viagens, em especial naquela que se vai dar em Outubro, à Ásia. O problema aqui é: não tenho nome para o dito blog, nem tenho ideias, nem coisa nenhum. Está muito difícil, de modo que aceito sugestões! Quem me der uma ideia daquelas mesmo mesmo mesmo boas, leva um postal de Bali. Alguém alinha?

Fonte: weheartit

Life as We Know It


A história tem como personagens principais Holly Berenson (interpretada por Katherine Heigl) e Eric Messer (interpretado por Josh Duhamel...olha o suspiro). Os dois protagonistas, com feitios completamente opostos, são padrinhos de uma menina, Sophie, filha dos melhores amigos de Holly e Eric. Quando uma tragédia acontece e os pais de Sophie morrem um acidente de viação, Holly e Eric terão de colocar as diferenças de lado para viverem sobre o mesmo tecto para criar Sophie, o único elo de ligação entre os protagonistas.
A minha primeira reacção foi "Mas a Katherine vai outra vez fazer o papel de solteirona insatisfeita?" A comédia romântica assumida tem momentos de grande diversão, quase duas horas de filme que chega mesmo a surpreender e a comover.

Quote do filme:
Eric Messer: Just because you accept help from someone, doesn't mean you have failed. It just means you're not in it alone.
Após um primeiro encontro desastroso, aquilo que Holly Berenson e Eric Messer menos pretendem é voltarem a encontrar-se. A única coisa que une Berenson e Messer é o amor que sentem pela sua afilhada, Sophie. Mas quando os pais de Sophie falecem num acidente, estes dois são tudo o que resta à criança, assim sendo, para cuidar da criança terão de colocar as suas diferenças de lado, conjugar as suas ambições profissionais com este novo elemento e encontrar algo em comum para poderem viver sobre o mesmo tecto.
Fonte: cinema.sapo.pt
Life as We Know It no IMDB

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Bali, testemunhos

Dizem que a vida muda quando vamos a Bali. Acredito que vai mudar, acredito que vou olhar as coisas de outra forma. Acredito que a cultura, as pessoas, a gastronomia, as paisagens, as ondas, os mercados me vão fascinar. Acredito tanto que tenho de ir lá ver como é o paraíso. Adiei demasiado tempo, não vou adiar mais.

Bali – Os deuses não estão loucos


2011/04/01 

Não é à toa que lhe chamam “a ilha dos deuses”. Em Bali, na Indonésia, o divino está presente em tudo: nas paisagens, nas pessoas, no clima, nos sabores. Os deuses não estão loucos, mas você pode ficar.

Quando aterramos em Denpasar é já noite cerrada. Pedimos o visto, que é dado na hora, pomos as mochilas às costas e passamos por uma casa de câmbio para trocar alguns dólares de Singapura por rupias. De repente, ficamos cheios de notas e sentimo-nos milionários.

Sabíamos que íamos chegar tarde e a más horas, por isso marcámos um hotel de véspera. A reserva deu direito a um motorista que nos veio buscar ao aeroporto. Ele chama-se Made (que se pronuncia Mádê), tem sorriso fácil e fala razoavelmente inglês. Simpatizamos de imediato com o seu jeito tímido e educado e é dele que recebemos a primeira lição acerca da cultura balinesa. Aqui, os homens têm um de quatro nomes que são atribuídos segundo a ordem de nascimento. Os primogénitos chamam-se Wayan. Depois vêm os Made, seguidos dos Nyoman e por fim os Ketut. Além da lição, dá-nos também um conselho: “Não andem de mota. Podem magoar-se”. Quem te avisa, teu amigo é, já diz o ditado e com razão, porque o trânsito é caótico. Enxames de scooters ziguezagueiam entre os carros. Umas levam famílias inteiras: pai, mãe, o filho de dez anos, a filha de cinco, o reguila de três e o bebé de colo; outras são conduzidas por turistas bronzeados com uma mão no guiador e outra a segurar a prancha de surf. Os carros ultrapassam outros carros pela berma enquanto são ultrapassados por cinco ou seis motas. A certa altura, acho mesmo que Made tem poderes de adivinho, prevendo sempre a direção que os outros vão tomar. Tarefa impossível quando nem carros nem motas parecem vir equipados de série com pisca-piscas.

Chegamos ao hotel, atiramos as mochilas para um canto, tomamos um duche e jantamos na varanda. De um grupo de cinco portugueses, dois andam a cirandar pela Ásia há umas semanas, um mora em Singapura há sete meses, e os outros dois chegaram há um par de dias trazendo-nos pitéus caseiros para matar saudades. Nada contra o nasi goreng (arroz frito) – antes pelo contrário –, mas este pão de Mafra com chouriço assado veio mesmo a calhar.

De outro mundo
Seguindo o conselho de Made, em vez de motas, alugamos um carro e partimos à descoberta da ilha. Na praia de Uluwato as ondas sucedem-se, alinhadíssimas e hipnóticas. Controlamos o surfista que há dentro de cada um de nós – até porque hoje as ondas são areia demais para a nossa camioneta – e optamos por um roteiro cultural. Primeira paragem: o templo de Uluwato. Pagamos a entrada, vestimos um sarong, como manda o protocolo, e um tipo que se auto-intitula guia cola-se a nós. Diz que tem de defender-nos dos macacos, que gostam de surripiar os visitantes. Ao longo da visita repete sempre a mesma lengalenga: “O templo tem 500 anos. Cuidado com os macacos. As ondas em Uluwato hoje estão boas”. Tentamos saber mais coisas. “Quem construiu isto? Há quanto tempo é que está abandonado? Ainda se realizam cerimónias aqui?”. Ele responde: “O templo tem 500 anos. Cuidado com os macacos. As ondas em Uluwato hoje estão boas”. Pede-nos 20 mil rupias pelo serviço e não conseguimos dizer que não – ao fim e ao cabo são dois euros.

Seguimos para oeste. Um casal simpático diz-nos que vale a pena ir até ao templo de Tanah Lot, acessível apenas durante a maré vazia porque fica no meio do mar. Homens e mulheres balineses desfilam trajados de branco e a rigor. Vêm para um ritual que, mais do que pelo aspeto folclórico, deslumbra pela genuína devoção com que os crentes separaram para os deuses o que têm de melhor, seja a mais bela flor do jardim ou a melhor peça de fruta do quintal.

No regresso, decidimos atalhar caminho. Diz-se que quem se mete em atalhos, mete-se em trabalhos, mas, neste caso, a história será outra. Desviados da rota inicial, temos a sorte de dar de caras com Echo Beach. Cá para mim foram os deuses que nos empurraram para aqui, para nos mostrarem mais um cartão postal da sua ilha. Enquanto uns apreciam as últimas novidades da sétima arte pirateadas por um vendedor ambulante, outros tentam aprender com alguns miúdos a arte de lançar papagaios de papel.

Enquanto fotografo o pôr-do-sol penso que, provavelmente, por ter passado boa parte da minha infância nos Açores, consigo sempre perceber as singularidades de uma ilha vulcânica, seja ela no Atlântico, no Índico ou no Pacífico. A humidade cola o suor ao corpo, as plantas têm cores estapafúrdias, os cheiros são mais intensos e a terra emana uma energia tão intensa que entra por nós adentro. Bali tem tudo isso e mais ainda. Tem o condão de nos encher a alma e o coração de paz. E o bandulho de iguarias… o buffet de peixe e mariscos do bar da praia é qualquer coisa de divinal.

Metamorfoses
Espreitamos depois Padang Padang, praia tão boa que merece que o seu nome seja dito duas vezes. O mar continua a não querer nada connosco, surfistas amadores. Seguimos para Ubud. Da janela do carro assistimos à metamorfose que é passar do litoral para o interior. Os surfistas desapareceram, as lojinhas deram lugar a oficinas e os arrozais tomaram conta da paisagem. Em Ubud, mistura-se o chique e o hippie, o sofisticado e o pé descalço, o caro e o barato. É a custo que compramos apenas meia dúzia de coisas. Dá vontade de trazer este mundo e o outro, de ligar para um amigo galerista e dizer-lhe que encontramos um artista talentoso na rua, de comprar espaço a peso de ouro num contentor de cargueiro para levar mobílias que são ao preço da chuva. Os miúdos são negociantes natos e conseguem fazer-nos crer que uma bugiganga qualquer ou um postal que retrata a paisagem acabada de fotografar são a última coca-cola no deserto. Cedemos, não pelas coisas, mas pela alegria que lhes damos quando fechamos negócio.

Em Tampak Siring, nas redondezas de Ubud, mergulhamos na fonte sagrada de Pura Tirta Empul. Reza a lenda que foi o deus Indra quem a criou para regenerar os seus poderes depois de ter sido envenenado por Mayadanawa. Os habitantes acreditam que estas águas têm propriedades curativas. Não sabemos se foi o poder da sugestão mas sentimo-nos tão revigorados que vamos diretos para a noite de Kuta.

Bagus = Cool
Um tipo a imitar Michael Jackson, uma inglesa desafinada a cantar Whitney Houston a plenos pulmões, um espéculo de drag queens ou malabarismos com fogo. Tudo acontece no espaço de 500 metros em Kuta Beach. Bebericamos umas quantas Bintangs (cervejas) no M-Bar e acabamos a dançar no Sky Garden. Aqui, a noite pode ser demasiado ousada e frenética para malta de hábitos pouco extravagantes. Ou então agressiva de mais para quem abusar do jungle juice. É que o dito “suminho” é um cocktail à base de arak (espécie de aguardente), que tem uma percentagem alcoólica obscena.

Fartos de perder tempo no meio do trânsito e de nos perdemos, entregamos o carro de aluguer e ligamos ao nosso fiel amigo Made, que, por um preço estupendo, aceita conduzir-nos por Bali nos dias seguintes. Ainda temos tanto para fazer. Como por exemplo, surfar em Bingin e jantar um belo naco de espadarte com os pés na água na baía de Jimbaran, enquanto cantamos Beach Boys acompanhados por “mariachis” balineses. Também ouvimos dizer que o Ku De Ta, em Seminyak, é o bar mais “in” do momento e que se não formos ver o nascer do sol no monte Batur, um vulcão em Kintamani, é como ir a Roma e não ver o Papa.

Mas isso são cenas dos próximos capítulos. Para já, concentramos todas as nossas atenções neste pôr-do-sol em Balangan. Com os pés na areia e uma Bintang na mão sentimos que encontrámos a fórmula da pedra filosofal. Haverá outra maneira de nos sentirmos mais perto dos deuses?

por Maria Ana Ventura 
fotos Maria Ana Ventura e João Pedro Jorge


Tomei conhecimento deste texto através de Strawberry feelings.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Qualidade de vida #4


Qualidade de vida é, a meio da tarde, no trabalho, chamarem a malta toda para um lanche e apresentarem uma mesa cheia de broa cortada aos bocadinhos, queijos frescos caseiros e garrafas de vinho tinto e verde! Categoria. Esta é apenas uma das vantagens de se trabalhar numa empresa pequena com um ambiente familiar.Gostei mesmo!

Fonte da imagem: weheartit

Não esquecer #102

Fonte: Polaroid Quotes

UHF - Viver para te ver



"Quero gostar de ti, sem saber porquê. Sentir o que senti, a primeira vez. Sem fazer perguntas, apenas desfrutar. Duas vidas juntas, unidas para amar. Viver para te ver, de manhã ao acordar. O coração a bater, para te abraçar. Falo as palavras, só os olhos a brilhar. Secreta é a fala, sonhos a vibrar."

Gostei da sonoridade da primeira vez que ouvi esta música na rádio, depois prestei atenção à letra. Gosto.

Sonhar ou abstrair-me de tudo à minha volta


Não me lembro de nada do caminho para o trabalho. Saí de casa a pensar neste sol e calor que estão na rua, a sonhar com as águas gélidas e o sossego de Sesimbra, dei por mim a pensar na piscina e na mesa de matrecos da casa do Gerês para onde vamos todos, em massa, dentro de duas semanas, fazer um arraial à nossa moda, idealizei as férias na Ásia e pelo canto do olho ainda vislumbrei o sossego da minha praia. Sonhar ainda não paga imposto pois não? O que é certo é que cheguei ao trabalho e não me lembro do caminho, mas acredito que o meu subconsciente me conduziu direitinha e não fiz nenhuma asneira na estrada.

Fonte da imagem: weheartit

Não esquecer #101

Fonte: Icanread

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Hard Candy



A pequena grande actriz Elle Page interpreta Hayley Stark, uma rapariga de 14 anos que leva a cabo um plano ardiloso para que Jeff (interpretado por Patrick Wilson), um fotógrafo de 32 anos, confesse o seu passado como pedófilo. A tortura a que Hayley sujeita Jeff, sozinha, é simplesmente genial e muito bem arquitectada. O filme é duro, um murro no estômago, e prende-nos desde o início até ao fim!

Quote do filme:

Jeff Kohlver: Who the hell are you?
Hayley Stark: I am every little girl you ever watched, touched, hurt, screwed, killed.

Depois de algumas semanas a falar pela Internet com Jeff, um fotógrafo de 32 anos, a esperta e charmosa adolescente Hailey combina um encontro no café local para se conhecerem pessoalmente. Apesar da diferença de idades, Hailey vai com Jeff até à casa deste para uma sessão fotográfica. Jeff pensa que é o seu dia de sorte, mas Hayley não é tão inocente como parece. Após tomar uma bebida preparada por Hayley, Jeff desmaia. Quando acorda, está amarrado a uma cadeira, com Hayley a acusá-lo de pedofilia. A presa, transformada em caçadora, dá início a uma espiral de violência para que Jeff confesse o seu passado...
Fonte: cinema.sapo.pt


Hard Candy no IMDB.

Red



RED (Reformados Extremamente Perigosos) é um filme de acção que tem como protagonistas agentes reformados da CIA. Bruce Willis, Helen Mirren, John Malkovich e Morgan Freeman dão vida aos ex-agentes da CIA que são o novo alvo de assassinos profissionais. No meio da encruzilhada, acabam por descobrir alguns crimes que o Governo tenta esconder e pretendem mostrar a verdade ao mundo inteiro, tentando escapar à morte certa que os persegue.
O filme tem bons momentos de comédia, piadas inteligentes e até acaba por nos prender à espera de um final diferente.

Quote do filme:

Ivan Simanov: [sighs] I miss the old days.
Ivan Simanov: I haven't killed anyone in years.
Frank Moses: That's sad. 

Frank Moses é um agente secreto veterano e reformado que vê a sua actual pacífica vida ser subitamente interrompida por um assassino profissional que o tenta matar. No entanto, Frank consegue neutralizar a ameaça mas rapidamente se apercebe que a sua localização está comprometida e que a vida dos seus entes queridos está em perigo. Frank, Joe, Marvin e Victoria eram os principais agentes da CIA, mas os segredos que possuem tornaram-nos nos principais alvos da Agência. Agora procurados por assassinato, têm de usar toda a sua experiência, astúcia e trabalho de equipa para se manterem um passo a frente de seus perseguidores e permanecerem vivos. A equipa, com a civil Sarah (Parker) a reboque, embarca numa missão impossível pelo país para invadir a sede secreta da CIA, onde vão descobrir uma das maiores conspirações e segredos da história do governo.
Fonte: cinema.sapo.pt
Red no IMDB.

domingo, 3 de abril de 2011

Hop


O sábado começou com a ante-estreia deste filme de animação, obrigada Rádio Comercial. A história do filme centra-se na problemática de um Coelho da Páscoa que não o quer ser. A sua irreverência e capacidade de sonhar levam-no a fugir da ilha da Páscoa rumo a Hollywood para realizar o seu sonho de ser baterista, provocando no seu pai uma grande desilusão. Em Hollywood conhece Fred (James Marsden) que o atropela e dá abrigo e acaba por participar numa espécie de programa de caça talentos com o David Hasselhoff.
Vimos a versão em português com as vozes de Rui Porto Nunes, Herman José, Pedro Ribeiro, Rita Guerra, entre outros. O pinto arraçado de espanhol a que Herman José dá voz é mesmo muito engraçado. O pinto que dança, com a voz de Pedro Ribeiro algo distorcida, também tem muita graça. O filme não é o auge da gargalhada mas ainda dá para mandar uns risos rasgados em algumas cenas.
A um passo de assumir o negócio da família, C.P., o jovem filho do Coelho da Páscoa, vai para Hollywood com o objectivo de realizar o seu sonho de se tornar baterista. Encontra Fred, um indolente desempregado, com grandes sonhos, que acidentalmente atropela C.P. com o carro. A fingir que ficou lesionado, C.P. pede-lhe abrigo, e Fred tem agora consigo o pior dos hóspedes.
Fonte: Cinema PTGate
Hop no IMDB.

Gosto dos sábados #3


Ante-estreia do filme de animação HOP para começar o dia. Compras no supermercado. Almoço com um casal amigo e o sobrinho emprestado mais lindo do mundo. Leitura de mais três artigos para a tese. Sesta no sofá. Jantar com os amigos e sobrinho emprestado mais lindo do mundo. Conversas com os amigos, brincadeiras com o sobrinho emprestado. Dois filmes para terminar a noite.
Gosto mesmo dos sábados!

Fonte da imagem: weheartit