terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Folhas soltas do tempo


Não gosto do Inverno, não gosto nem nunca gostei, ter de vestir 15 camisolas, enrolar-me no cachecol e ainda meter um casaco quente por cima é coisa para me deixar em estado de claustrofobia, no entanto, preocupa-me que não chova. Preocupam-me as colheitas, sem chuva poderão estragar-se irreversivelmente.
Ando empenhada nas minhas corridas pelo menos duas vezes por semana, tentamos correr sempre entre 45 minutos e uma hora, a alegria espelha-se em mim quando vejo no Endomondo (a app que me ajuda a contabilizar tempo e distância) os meus quase 8km de corrida numa hora.
Já só se fala da Madonna em Coimbra, mas o preço dos bilhetes parece-me um abuso! Gostava de ir, mas aquilo é coisa para se juntar para lá mais gente que numa feira de S. João e eu não gosto muito de grandes ajuntamentos de gente.
As conversas com as minhas amigas vão invariavelmente parar ao tema do casamento. Dizia-me uma delas no outro dia "além de mim tu és a única pessoa que se diverte a planear a logística toda do casamento". É verdade, divirto-me e era capaz de fazer disto vida! A parte dos vestidos de noiva é que me anda a consumir, tenho pouca paciência para começar, mas sábado lá terá de ser, antes que seja tarde demais.
Ignoro as doenças familiares, é a minha forma de lidar com elas, não ligo, faço de conta que está tudo bem, que há ainda pelo menos 30 anos pela frente, e não penso nelas.
Voltei a dedicar-me à leitura naqueles 30 minutos antes de dormir e estou a adorar o livro, custa-me pensar que a sociedade nos tempos da ditadura não fazia qualquer sentido, 40 anos não foi assim há tanto tempo e a liberdade de escolha e de expressão é um bem de que nunca conseguiria abdicar, não depois de ser educada nesta forma de liberdade.
Tenho saudades de consumir filmes como quem bebe água, não vou ao cinema faz muito muito tempo, e é claro que me faz falta, há outras formas de colmatar esta falha, mas ver um filme em casa não tem nada a ver com vê-lo no cinema, lá porque tenho uma televisão que mais parece um ecrã de cinema não quer dizer que tenha um sistema de som do mesmo calibre.
Criei uma lista de coisas que tenho de fazer e estão incluídas tarefas como escrever o post sobre o Vietname, o último local da viagem à Ásia, no A Vida Lá Fora, tenho um artigo para escrever sobre Arte Xávega e a tarefa de encontrar uma revista que o publique e às fotos que tirei numa ida ao mar no barco do meu avô pescador, tenho de actualizar as imagens do header de imagens do A Vida Lá Fora com as imagens da Ásia, tenho fotos fantásticas, tenho uma base de dados dos meus livros para criar, tenho tantas coisas planeadas e outras tantas em andamento. Acho que preciso de uma licença.
Mais uma vez jurei não comprar livros de lazer este ano, tenho uma estante cheia deles por ler, mas ontem adquiri um livro técnico, Marketing do Turismo, um tema que me desperta muito interesse.
Assino três revistas (uma foi assinatura oferta), uma delas é semanal, as outras duas são mensais e leio mais depressa as que são mensais do que aquela que é semanal, consigo acumular três revistas semanais para ler e acabo sempre a ler a maior parte dos artigos à noite enquanto vejo televisão.
Está frio, não se prevêem melhoras e há muito que sinto falta do calor do Verão e dos dias grandes que nunca mais acabam.

Fonte da imagem: weheartit
Inspiração para o post: Pedro Ribeiro



3 comentários:

Ângela disse...

Pois o casamento...nomeio o casamento do ano para mim :)!Sabes como adoro calor, praia, sol, etc. Mas confesso que este tempo permite-me tirar proveito para outras coisas daquelas que não fazemos com calor, porque não apetece tar em casa :)

Rui disse...

Gostei muito deste post! Foi assim de rajada :)

Kelle disse...

Rui, é daqueles que saem de penalti :)