Quando começámos a correr, para aí em Junho de 2011, nunca nos passou pela cabeça que conseguíssemos um dia correr numa prova destas, especialmente eu que toda a vida detestei correr, mas depois passou-me. Mesmo no pico do Inverno continuámos a correr, incentivados uns pelos outros que isto de correr na rua com 4 graus é coisa que até dói, até ao dia em que alguém teve a ideia de irmos à maratona. Como decidimos muito bem coisas quando estamos confortavelmente sentados a trabalhar, ou a beber uns copos, lá decidimos inscrevermo-nos. Para as meninas 7.300km não era uma distância descabida, já o tínhamos feito várias vezes, mas os meninos iam-se propor a correr os 21km (loucos).
Ora como ir à cidade grande é coisa que não acontece todos os dias, fomos de véspera para fazer um monte de coisas planeadas e estar com um conjunto vasto de gente.
No dia da prova acordámos cedinho, de modo a conseguirmos apanhar metro e o comboio que não fosse o último. Apanhámos o metro e o comboio para o Pragal e foi aí que nos apercebemos do aglomerado extremamente grande de gente. Foi nesse momento que abriu o sol e que o calor apareceu, maldita camisola de manga comprida que eu levava. Ora houve um certo intervalo de tempo entre o começo da corrida e o momento em que começámos a correr, primeiro porque havia uma multidão à nossa frente a iniciar o seu percurso e muitos deles iam em modo caminhada, claro que não leram as indicações e ninguém da caminhada se encostou à direita para que a malta que queria correr passasse, à parte disso começámos devagar, devagarinho e parados porque nos primeiros 2km tínhamos de desviar das imensas pessoas que caminhavam pela ponte fora numa bela manhã de domingo. Claro que tivémos de nos desviar de pessoas até ao fim da corrida mas depois dos primeiros 2km já conseguíamos correr à nossa velocidade habitual.
Já em Alcântara estava a malta do abastecimento de águas e bendita a hora que eles apareceram que eu estava praticamente a desfalecer com calor. Lá continuámos a viagem por mais uns quilómetros até que avistámos o Padrão dos Descobrimentos (o fim) mas parecia que nunca mais lá chegávamos. Quando finalmente passámos a meta, os senhores da organização deram-nos medalhas de participação, depois, seguindo a corrente, ofereceram-nos um saquinho com águas, leite e barritas, mais à frente ofereceram uma banana, depois aparecia o caixote do lixo para colocar as cascas e a seguir as arcas da Olá a oferecer uns gelados muito fresquinhos de maracujá, que bem que este tratamento soube debaixo daquele sol de Primavera que mais parecia Verão!!
Esperámos algum tempo pelos meninos para os ver chegar à meta e até filmar um bocadinho e depois de estarmos todos juntos eram claramente horas da bucha!!
Foi muito giro atravessar a ponte, correr por Lisboa com aquela vista lindíssima para o rio Tejo e a organização da prova esteve à altura das 35000 pessoas que foram ao evento.
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