sábado, 19 de fevereiro de 2011

Tournée, de Gonçalo Cadilhe


Gonçalo Cadilhe, provavelmente o maior viajante português da actualidade, conduz o leitor por uma viagem à volta do mundo nos 4 pontos cardeais subjectivos. As viagens que deram origem a este conjunto de crónicas e textos foram feitas entre 1991 e 2008. O autor, natural da Figueira da Foz, transporta-nos por lugares deslumbrantes, desfiladeiros medonhos, lagos imensos e culturas distantes. Uma expressão para cada lugar:

OCIDENTE
  • México: bolero
  • Guatemala: Lago Atitlán
  • El Salvador: A pobreza de La Libertad
  • Caraíbas: Travessia do mar
  • Perú: a subir os Andes
  • Bolívia: a música aquece a noite gélida de quem atravessa Salar
  • Uruguai: a influência portuguesa
  • Patagónia: o fim do mundo
SUL
  • África do Sul: Cabo da Boa Esperança
  • Botsuana: a aventura no Delta do Okavango
  • Angola: os 1000 km da "Route 66" até Luanda
  • Congo: corrupção na alfândega
  • Gabão: terra vermelha africana
  • Níger: atravessar o Sara no Ramadão

ORIENTE
  • Turquia: subida ao monte do Dilúvio
  • Afeganistão: Shalwar Camise
  • Paquistão: 1200 km de Karakoran Highway
  • Índia: a sombra de Portugal em Goa
  • Indonésia: cabanas flutuantes e um céu único
  • Oceano Pacífico: vidas embarcadas

NORTE
  • Estados Unidos: Nova Iorque - San Diego em autocarro
  • Sauternes: as vindimas de uvas podres
  • Languedoc: a origem dos trovadores
  • Génova: pelas ruas antigas até ao porto quinhentista
  • Roménia: memórias que o tempo não apagou
Registei duas frases do livro que achei marcantes:
"Uma viagem é uma coisa muito séria: ninguém regressa igual a casa."
"A melhor percepção do mundo é-nos dada pelos nossos passos."


As melhores viagens de um viajante apaixonado.
África, América, Ásia, EuropaO melhor de todos os mundosTrata-se de um conjunto de crónicas – a maior parte já publicadas em livros anteriores de Gonçalo Cadilhe – divididas em “quatro pontos cardeais subjectivos”, como explicar o autor e viajante:
- O que abre o livro, Ocidente, recolhe as viagens que efectuou “pelos territórios descobertos por Colombo, as suas ‘Índias’, todo o pedaço de planeta que resultou da empresa colombiana”, a América Latina;
- O Sul, “tudo o que nos está a sul, e que vem precisamente do chamado ‘sul do mundo’ quando se quer falar das suas regiões mais miseráveis”, África;
- Oriente “é… oriente. Como dizia o título de um divertido filme paquistanês (…) ‘east is east’”;
- Norte, que “aparece aqui como o contrário do sul: as regiões do mundo onde reinam a opulência, o supérfluo, um desmesurado bem-estar material jamais alcançado antes na História”.
Para Gonçalo Cadilhe, o seu Norte é o mundo ocidental, pelo que o livro termina no mundo ocidental. “É tempo de voltar a casa”, escreve.
Fonte: fnac

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