Gonçalo Cadilhe, provavelmente o maior viajante português da actualidade, conduz o leitor por uma viagem à volta do mundo nos 4 pontos cardeais subjectivos. As viagens que deram origem a este conjunto de crónicas e textos foram feitas entre 1991 e 2008. O autor, natural da Figueira da Foz, transporta-nos por lugares deslumbrantes, desfiladeiros medonhos, lagos imensos e culturas distantes. Uma expressão para cada lugar:
OCIDENTE
- México: bolero
- Guatemala: Lago Atitlán
- El Salvador: A pobreza de La Libertad
- Caraíbas: Travessia do mar
- Perú: a subir os Andes
- Bolívia: a música aquece a noite gélida de quem atravessa Salar
- Uruguai: a influência portuguesa
- Patagónia: o fim do mundo
- África do Sul: Cabo da Boa Esperança
- Botsuana: a aventura no Delta do Okavango
- Angola: os 1000 km da "Route 66" até Luanda
- Congo: corrupção na alfândega
- Gabão: terra vermelha africana
- Níger: atravessar o Sara no Ramadão
ORIENTE
- Turquia: subida ao monte do Dilúvio
- Afeganistão: Shalwar Camise
- Paquistão: 1200 km de Karakoran Highway
- Índia: a sombra de Portugal em Goa
- Indonésia: cabanas flutuantes e um céu único
- Oceano Pacífico: vidas embarcadas
NORTE
- Estados Unidos: Nova Iorque - San Diego em autocarro
- Sauternes: as vindimas de uvas podres
- Languedoc: a origem dos trovadores
- Génova: pelas ruas antigas até ao porto quinhentista
- Roménia: memórias que o tempo não apagou
"Uma viagem é uma coisa muito séria: ninguém regressa igual a casa."
"A melhor percepção do mundo é-nos dada pelos nossos passos."
As melhores viagens de um viajante apaixonado.
África, América, Ásia, EuropaO melhor de todos os mundosTrata-se de um conjunto de crónicas – a maior parte já publicadas em livros anteriores de Gonçalo Cadilhe – divididas em “quatro pontos cardeais subjectivos”, como explicar o autor e viajante:
- O que abre o livro, Ocidente, recolhe as viagens que efectuou “pelos territórios descobertos por Colombo, as suas ‘Índias’, todo o pedaço de planeta que resultou da empresa colombiana”, a América Latina;
- O Sul, “tudo o que nos está a sul, e que vem precisamente do chamado ‘sul do mundo’ quando se quer falar das suas regiões mais miseráveis”, África;
- Oriente “é… oriente. Como dizia o título de um divertido filme paquistanês (…) ‘east is east’”;
- Norte, que “aparece aqui como o contrário do sul: as regiões do mundo onde reinam a opulência, o supérfluo, um desmesurado bem-estar material jamais alcançado antes na História”.
Para Gonçalo Cadilhe, o seu Norte é o mundo ocidental, pelo que o livro termina no mundo ocidental. “É tempo de voltar a casa”, escreve.
Fonte: fnac
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