Finalmente, depois de umas semanas conturbadas, os pormenores da viagem à Irlanda.
Aterrámos em Belfast, uma das cidades mais importantes da Irlanda que conta com 300 mil habitantes, é a capital da Irlanda do Norte, está situada na provínvia de Ulster, no Condado de Antrim. Em Belfast, a moeda oficial é a libra estrelina, tal como em toda a Irlanda do Norte, nação de que faz parte, e esta nação é uma das nações constituintes do Reino Unido. Foi fundada no século XVII, na Idade Média, altura em que ali se construiu um Castelo. A partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, a cidade começa-se a desenvolver no que à indústria diz respeito.
A nossa primeira paragem foi em Stormont que é propriedade do Governo e na altura da sua construção custou mais de 1 milhão de libras.
Os estaleiros de Belfast são famosos pelo facto de em 1912 dali ter saído o Titanic para aquela que seria a sua primeira viagem. Em 2012 haverá ali uma comemoração dos 100 anos da saída do Titanic.
No estaleiro de Belfast estão duas grandes gruas da H & W (Harland & Wolff) apelidadas de Sansão e Golias. Na imagem aparece apenas uma das gruas.
Na origem do nome da cidade está um rio nas margens do qual a cidade se ergueu que agora está canalizado e passa debaixo de uma das ruas de Belfast. Agora é o rio Lagan que atravessa a cidade de Belfast.
Na zona protestante de Belfast, a zona dos unionistas (a favor da união com o Reino Unido), existem imensos grafittis feitos em paredes de casas e de muros em sinal de protesto.
Em Belfast existe uma torre de relógio importante, ligeiramente inclinada, o Albert Clock, um ponto de atracção turística.
Na cidade, o edifício da alfândega é de estilo neo-clássico, construído no séc. XIX.
No século XVIII vieram de França os protestantes franceses que começaram a desenvolver a indústria do linho.
Só depois da 1ª Guerra Mundial é que Belfast começa a entrar em declínio.
A Câmara Municipal, de estilo neo-clássico, feita em calcário, fica numa das principais praças e ruas de compras da cidade. À volta do edifício estão estátuas de figuras ligadas à história da cidade, como a da Rainha Vitória que tinha uma coroa extremamente pequena e leve porque sofria de enxaquecas.
A rua das compras é a Royal Avenue.
A Grand Opera House, feita em tijolo do séc. XIX, é um centro comercial mas foi em tempos uma igreja.
Havia uma barreira de separação entre o bairro católico e o protestante. Essa barreira era um muro bastante alto com arame farpado, o chamado muro da vergonha. O bairro protestante está totalmente vedado e contém portões. Quando havia zaragatas, os portões eram fechados e ninguém saía nem ninguém entrava.
Os protestantes são na sua maioria Anglicanos. Esta religião nasceu quando Henrique VIII se quis divorciar de Catarina de Aragão e o Papa não lhe concedeu o divórcio, assim Henrique VIII decidiu fundar a sua própria religião.
Ainda hoje, grande parte das casas, escolas e outros edifícios estão protegidos com grades e arame farpado.
Em Belfast situa-se uma das principais universidades da ilha da Irlanda: Queen's University, da época victoriana.
Uma curiosidade que soubemos nesse dia é que entre os 2 estados, Irlanda do Norte e República da Irlanda, não existem fronteiras. Na Irlanda do Norte fala-se em milhas, pés de acordo com todos os países do Reino Unido, o sistema de medida é o imperial. Na República da Irlanda o sistema de medida é métrico, como o nosso.
Nessa noite começou a saga do puré, como gosto de lhe chamar. Jantámos uma de muitas refeições compostas de puré de batata e aterrámos na cama depois de um dia cheio, de uma viagem longa e de uma noite sem dormir.
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