domingo, 31 de julho de 2011

Filha do Mar, de Elizabeth Gilbert


Ruth Thomas é uma jovem da ilha de Fort Niles, no Maine, com uma família complicada, os pais separados, sendo que o pai é um dos maiores e mais gananciosos pescadores de lagosta da ilha. Depois de ter sido enviada para uma escola interna no continente, Ruth regressa à ilha aos 18 anos determinada a ficar por ali. Ao fim de uns meses começa a ficar aborrecida pois não sabe bem o que deve fazer da vida ali na ilha e passa as tardes a fazer companhia à sua vizinha Senhora Pommeroy e às respectivas irmãs problemáticas enquanto que outras vezes passa os seus fins de tarde com o senador e um dos filhos da Senhora Pommeroy, enquanto estes procuram artefactos para o museu de história natural que aspiram construir.
A vida de Ruth dá uma volta quando vai com a Senhora Pommeroy a Courne Haven, a ilha rival de Fort Niles, protagonista de gerações e gerações de guerras por causa da delimitação das águas para a  pesca da lagosta.
Ruth acaba por se tornar um importante elo de ligação entre as duas ilhas até então altamente rivais e acabar com as guerras da lagosta entre elas.
Esta história acaba por realçar a liderança e a união, a par com a amizade, a teimosia, o amor, e o não conformismo.
Em Fort Niles e Courne Haven, duas ilhas remotas da costa do Maine, os pescadores de lagosta locais lutam, há gerações, pelo direito a pescar no mar que os separa. Ruth Thomas nasceu no meio desta disputa, filha de um dos mais gananciosos pescadores de Fort Niles. Aos 18 anos, Ruth regressa a casa do colégio interno, determinada a ignorar a sua educação e a tornar-se pescadora de lagosta, como filha do mar que é. Porém, acaba por se apaixonar por Owney Wishnell, um jovem e atraente pescador da ilha rival, o que irá transformar profundamente as vidas dos habitantes das duas ilhas.
Fonte: fnac.pt

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Expofacic 2011



Ontem foi noite de visitar a Expofacic, a maior festa do meu concelho, que conta já com visibilidade a nível nacional.
A noite teve início com um jantar numa tascas da Junta de Freguesia de Cantanhede: ameijoas, um polvo com migas e sangria (parecia sumo), na companhia da malta amiga.
Seguiu-se uma visita pelas várias exposições, desde os tractores aos animais e depois uma pausa para assistir a umas modas da Tunadão (Tuna do ISPViseu).
O objectivo principal era ver mesmo o Pedro Abrunhosa. Desde pequena que as músicas dele me acompanham, e apesar de não o achar grande intérprete, acho que o homem é bom músico e bom letrista, esse mérito ninguém lho tira.
Gostei de o ver, gostei  obviamente de o ver em palco, mas não gostei do alinhamento, começou logo com "Eu sou o poder", entrou todo gingão com aquele ar de quem manda, pode e quer. Gostei de ouvir "Não posso mais" e "Socorro", esses clássicos, adorei constatar que ainda sei a "Socorro" de cor, como a sabia há 10 anos! Dos clássicos ficou a faltar "Tudo o que eu te dou" e "Lua", não sei se os cantou no fim porque tive de vir embora antes de o concerto terminar, já era demasiado tarde!
Dispensava as bocas políticas mas isso há-de fazer sempre parte dos concertos dele.
Ele fez o gosto às músicas novas, era essencialmente por isso que ali estava, e fez efeitos novos nos clássicos.
Nunca tinha visto o Pedro Abrunhosa ao vivo e ele era um daqueles nossos artistas nacionais que queria tanto ver e só por isso já valeu a pena. Cantei em quase todas as músicas, não havia como não cantar, conheço-as perfeitamente!
O saldo foi claramente positivo e hoje aqui estou a ouvir Pedro Abrunhosa em modo random porque, entre a colecção de CDs do meu irmão e a minha, existem todos os álbuns dele!
Foi uma noite com sabor a Verão (aguentei-me estoicamente de t-shirt até tarde), com sabor a saudade (soube bem rever algumas pessoas), com sabor a nostalgia (tantas noites bem passadas ali naquele espaço em anos anteriores), com sabor a férias (estamos quase lá), com sabor a diversão e alegria.

Fonte das fotos: Facebook de Pedro Abrunhosa

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Super 8


Um grupo de miúdos de Lillian, em Ohio, está a gravar uma cena de um filme para um concurso quando algo de estranho acontece: todo um comboio de carga descarrila, são explosões atrás de explosões e todo um ambiente surreal para aquele grupo de amigos, que acaba por ser gravado pela câmara deixada para trás.
O filme prende a atenção para tentar perceber o que ali se passa, que acontecimentos estranhos são aqueles, como é que as pessoas desaparecem, quem está por trás de tanta destruição e porque é que o exército insiste em esconder os factos e evacuar a cidade.
A força da amizade, a família, o amor adolescente, o ultrapassar as adversidades e esquecer o passado são temas abordados neste filme surpreendente.
Um conselho: se forem ver o filme ao cinema não saiam logo assim que começam os créditos, há uma boa surpresa a seguir!
Esta foi daquelas ante-estreias que valeu mesmo a pena!
No Verão de 1979, um grupo de amigos na pequena localidade do Ohio, testemunham um catastrófico desastre de comboio enquanto filmavam um filme em super 8 e depressa se apercebem que afinal não foi um acidente. Pouco depois, invulgares desaparecimentos e situações inexplicáveis começam a ocorrer e as entidades locais tentam descobrir a verdade - algo mais aterrorizador do que alguma vez se tinha pensado.
Fonte: cinema.sapo.pt
Super 8 no IMDB.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Gosto dos sábados #6

Acordei com os raios de sol a entrarem pela janela e pensei logo no calor que já faz falta neste Verão. De manhã não faltou a corridinha de cerca de 9km no Choupal, custou muito a parte que tive de correr ao sol, de resto soube bem como de costume, é aquela sensação de dever cumprido, ou uma forma de me redimir dos excessos gastronómicos que estavam para vir.
Seguiu-se um almoço demorado em casa de um casal conhecido, uma bela bucha, diga-se de passagem, uma casa linda e uma sessão de matrecos que deu para matar saudades desde "desporto" que eu tanto gosto!
Depois da sesta da tarde, era tempo de seguir para outros roteiros gastronómicos e lá fomos todos à festa de aniversário de uma amiga. Comer e beber é coisa que gostamos bastante, mas nada melhor do que acabar a noite no bar do costume, com os do costume, e desta vez estávamos mesmo todos. Foi uma noite a rir à desgarrada.
Gosto mesmo dos sábados!!

Não esquecer #131

Fonte da imagem: Icanread

Não esquecer #130

Fonte da imagem: Icanread

Não esquecer #129

Fonte da imagem: Icanread

Não esquecer #128

Fonte da imagem: Icanread

Não esquecer #127

Fonte da imagem: Icanread

terça-feira, 19 de julho de 2011

Um dia #10

Um dia pego no carro de manhã e saio sem destino, páro onde me apetecer, fotografo, almoço e passeio, tudo ao sabor do vento e da vontade.
Tenho saudades de fazer isso!

Fonte da imagem: weheartit

Exames Nacionais

Fiquei um bocadinho escandalizada com a notícia sobre os resultados dos exames nacionais, especialmente os de Português: 55% negativas??
Em conversa com uma colega de trabalho ela perguntou-me de quem seria a culpa deste problema.
Não lhe soube responder, pois claro, mas tenho cá para mim que nos últimos anos se tem caído num facilitismo desmedido no ensino em Portugal. Isto tem claramente a ver com a história das estatísticas europeias, não queremos ficar mal na fotografia da Europa e por essa razão descem-se níveis de exigência básicos para que os meninos pareçam muito espertos.
Quanto menos se exige das crianças, mais preguiçoso se torna o seu cérebro, e eu tenho a noção de que se anda a exigir menos que o mínimo! A razão das fracas notas dos exames nacionais pode ter a ver com isso mesmo, com a falta de exigência nas aulas durante o ano e depois o exame nacional com um pouco (mesmo pouco) mais de exigência (que também me parece que tem a ver com a mudança de Governo) leva a notícias destas que fazem as capas dos jornais.
Entristecem-me estas notícias, entristece-me ver o fraco nível de exigência nas escolas e entristece-me ver que cada vez as nossas crianças são menos estimuladas na aprendizagem!
Falta disciplina, falta a noção do dever e isso pode passar por professores, pais e governantes, a culpa não morre solteira!

Fonte da imagem: weheartit

Frase do dia #36


"If we couldn't laugh, we would all go insane."
Jimmy Buffett
Fonte da imagem: weheartit

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Summer time

O Verão começou há quase um mês mas parece que anda envergonhado! Estamos em pleno Julho, praticamente o pico do Verão, e as temperaturas surgem frescas.
Espero que o S.Pedro esteja só a guardar as temperaturas altas para quando eu estiver de férias, lá para daqui a 3 semanas, senão vamos ter de ter uma conversinha daquelas sérias.

Fonte da imagem: weheartit

Precious

Precious conta a história de vida da jovem Clareece Precious (Gabourey Sidibe), conhecida por Precious, uma adolescente negra, obesa, analfabeta, mal tratada pela mãe (Mo'Nique), violada pelo pai, grávida do 2º filho resultado dos abusos do pai.
O filme é um drama real, baseado no livro com o mesmo nome, e retrata a realidade de muitos jovens, a realidade que no fundo não queremos ver. É uma história muito triste mas Precious encontra força na escola alternativa que começa a frequentar depois de ser convidada a abandonar a escola normal, depois de se saber que está grávida.
Mariah Carey também entra no filme, faz o papel de assistente social a quem Precious acaba por contar todo o sofrimento e abusos de que tem sido vítima. Lenny Kravitz é outro dos nomes conhecidos do elenco e interpreta o enfermeiro que acompanha Precious quando esta está na maternidade.
É uma história chocante e apesar de no início o filme parecer um pouco parado acho que foi bem conseguido.
Baseado na história de Clareece "Precious" Jones, uma adolescente afro-americana de 16 anos, obesa, iletrada, mãe solteira e grávida, que vive em Harlem. "Precious" é vítima de constantes abusos físicos e psicológicos por parte dos pais, mas está disposta a ultrapassar todos os obstáculos, porque a vida é preciosa...
Fonte: cinema.sapo.pt

domingo, 17 de julho de 2011

Gosto dos sábados #5


O dia começou cinzento e assim se manteve. Pensei que ia esticar-me na praia um bocadinho, mas o tempo não permitiu!
Acordar cedo é sinónimo de fazer muitas coisas de manhã, deu para visitar a avó em casa, visitar o avô no meio da praia entre agulhas e redes e ver o peixe que tinha vindo na rede.
Depois de almoço em família, foi altura de conhecer o novo bar da moda da minha praia, e devo dizer que tinha bastante bom aspecto. Já ouvi dizer que à noite se fazem lá umas festas valentes.
Depois de uma voltinha pelo mercado e um sudoku no sofá, foi tempo de ir dar mais uma voltinha, beber qualquer coisa no bar do costume. Aqui encontra-se sempre alguém conhecido.
Ao final da tarde fomos fazer a corridinha do fim de semana, pela pista que vai da praia à aldeia mais próxima. Devo dizer que este foi o momento alto do meu dia pois nunca pensei ser capaz de fazer toda a extensão da pista a correr sem parar, descansar um pouco e regressar nos mesmos moldes! Passei o jantar todo a dizer o quão orgulhosa estava de mim própria por ter conseguido!
A noite deu lugar ao café com os amigos e ficou assim composto um sábado dos bons!
Gosto mesmo dos sábados!

Fonte da imagem: weheartit

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Uma mini por favor

O que me apetecia mesmo mesmo era uma mini (ou duas vá) fresquinha numa esplanada ao sol!
É sexta-feira e as férias nunca mais chegam!

Fonte da imagem: aqui

quinta-feira, 14 de julho de 2011

5 anos

O meu blog faz hoje 5 anos! Caramba, 5 anos é muito tempo!
Este blog acompanhou muitas aventuras, muitas fases da vida, muitos problemas e sorrisos, muitos começar de novo e muitos momentos decisivos e de determinação. Foram músicas, foram livros, foram viagens, foram desabafos, foram críticas, foram amigos que se foram, amigos que vieram, foram distâncias que se acentuaram e distâncias que se encurtaram, foram cursos e noites sem dormir, foram festas e noites a acabar de manhã, foram festivais de Verão e festas na praia.
Este blog quase que me viu crescer, viu-me pelo menos desligar-me de parte da vida académica e ligar-me à vida de trabalho de segunda à sexta para depois voltar como trabalhadora e estudante tudo ao mesmo tempo e uma energia sem fim.

Em jeito de comemoração, aqui fica o primeiro post que inaugurou este blog em 2006:
"Depois vem a altura em que se quer tudo outra vez.
Tal e qual. Antes de se ser adulto ou coisa parecida.
Sabes que nunca se volta a ser o que era.
Porque o tempo tem instrumentos de tatuar e o segundo não volta igual.
Guarda-se tudo na caixinha...pequena.
Que se abre de vez em quando e volta-se a noção que no presente.
Quer-se tudo outra vez"

Tiago Bettencourt

Fonte da imagem: weheartit

Brio camarário


Na viagem do fim de semana passado a Viseu apercebi-me de quão bem tratados estão os jardins da cidade, sejam jardins de grande ou pequena dimensão ou até mesmo rotundas. As rotundas estão todas muito bem arranjadas, com flores bonitas a desenhar figuras, com a relva cortada e bem regada.
Regresso a Coimbra e começo a prestar atenção aos jardins e às rotundas, a maior parte envolto num matagal de ervas secas, sem a preocupação de agradar a quem cá vive ou quem vem de fora para visitar. Não é assim que promovemos o turismo, não é assim que fazemos com que as pessoas gostem desta cidade, já era altura de quem manda (Câmara Municipal de Coimbra) prestar atenção a estas pequenas coisas e pôr os olhos em Viseu!

Fonte da imagem: weheartit

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Era tecnológica na gastronomia

No sítio onde trabalho, há pessoal que às vezes se esmera e faz uns doces e bolinhos para partilhar com o resto da malta, para contribuir para o aumento do peso nacional e porque os mimos sabem bem!
Hoje quando cheguei de manhã estava na sala de reuniões um bolo de bolacha cheio de bom aspecto. Depois de provar, fui ter com a autora de tal maravilha partilhar o quão bom estava o bolo e começou aí uma discussão sobre natas e marcas que são fáceis de bater ou não, ao que a minha colega responde: "eu estava lá a bater as natas e elas não se batiam nem por nada, então fui à Internet ver!"
E depois de uma grande gargalhada, nada mais houve a dizer!

Fonte da imagem: Petiscos

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Gosto dos domingos #2


Este post podia perfeitamente ter o título "Gosto dos sábados" e "Gosto dos domingos" mas para simplificar faço apenas referência ao domingo, ainda que também fale do sábado.
No sábado depois de almoço seguimos para a cidade de Viriato onde lanchámos, claro está, um viriato, raio de bolo que é mesmo bom!! Depois de um breve passeio turístico pelo centro da cidade, uma cerveja numa esplanada da Sé e a visita aos familiares dos amigos, foi tempo para o jantar no Forno da Mimi, ao lado daquela que foi uma das discotecas mais famosas de Portugal, a Day After. Come-se muito bem por aquelas bandas e aquelas espetadas em pau de loureiro estavam uma delícia.
No dia seguinte, domingo, alvorada às 7h30 para participar no CicloTurismo de Nogueira de Côta, a aldeia de um dos meus amigos. Por entre subidas acentuadas, descidas rápidas, foram 34km de boa disposição com a "equipa"do Raio da Bicicleta a portar-se à altura. Andámos de bicicleta pelas localidades ali à volta, com pausas para beber água, para reunir o grupo (cerca de 60 pessoas) e para uma bucha a meio do percurso. No final esperava-nos um almoço no parque de merendas de Nogueira de Côta com todos os participantes e outros habitantes da aldeia. Já não comia um arroz de feijão tão bom há muito muito tempo. Foi claramente um fim de semana em grande, entre o desporto e a gastronomia, como nós gostamos!
Gosto mesmo dos domingos.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Férias

Dez meses sem umas férias dignas de nome (um dia aqui e um dia ali não contam) é coisa para me deixar com uma veia na cabeça prestes a rebentar!
Falta um mês para mais uma edição da operação F.E.R.I.A.S (tal como em 2008, em 2009 e em 2010) com a melhor companhia de sempre: os amigos! Desta vez, o destino é mais a Sul do que em todas as outras edições e quase que aposto que vai ser a animação do costume!

Fonte da foto: Flickr

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Não esquecer #126

Fonte da imagem: Icanread

Não esquecer #125

Fonte: Icanread

Isso é que vai ser correr

Depois de uns tempos a correr com umas sapatilhas que não eram adequadas (e umas dores de tornozelos à mistura), comprei finalmente umas sapatilhas de corrida. São bem parecidas, da Adidas e não foram excessivamente caras, que isto não está para gastos avultados.
Agora é que vai ser correr até gastar a sola! Choupal, "me aguarde"!

terça-feira, 5 de julho de 2011

Gosto dos sábados #4

O dia começou com uma corrida de 11km no Choupal (com alguns momentos de descanso pelo caminho, que eu não sou a Rosa Mota), depois de almoço romaria para Albergaria dos Doze para participar no festival do caracol e nos festejos de S.Pedro.
No campo dos caracóis, tenho a dizer que aqueles mais normais continuam a ser os meus preferidos, se bem que os fritos e os "à Pescador" também eram bem bons! Para acompanhar os ditos caracóis, nada como cerveja fresquinha numa tarde de calor.
Os caracóis deram lugar aos festejos de S.Pedro, um arraial daqueles à moda antiga como eu gosto, com direito a jantar com a malta amiga e uns tiros ao alvo com flecha na barraquinha do NADA, só ficou a faltar o bailarico que começa demasiado tarde para quem é de longe.
Gosto mesmo dos sábados.

Fonte da imagem: weheartit

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Budapeste

Já tinha lido o livro que deu origem a este filme e ficou-me a curiosidade de saber quão fiel ao livro seria o filme. Tirando um ou outro pormenor que me escaparia se não tivesse ainda o livro bastante presente, acho que o filme está bastante fiel ao livro, de tal modo que, assim como no livro, as passagens de cena entre o Rio e Budapeste continuam a ser desconcertantes. Efectivamente, como dizia no livro e agora podemos comprovar nas imagens, "Budapeste é amarela" e "húngaro não ser aprende nos livros", dizem que é a "única língua que o diabo respeita". O filme peca pelo excesso de corpos desnudados que não era tão acentuado no livro.
Além das interpretações de Leonardo Medeiros como José Costa e Giovana Antonelli como Vanda, podemos ainda contar com a presença portuguesa de Ivo Canelas (que interpreta Álvaro Cunha, o sócio de José Costa) e Nicolau Breyner (que interpreta um ghost writer francês). A aparição de Chico Buarque no final é uma boa surpresa.
O filme mexe-nos com os neurónios, leva-nos a pensar sobre a história e sobre o que está a acontecer e desse ponto de vista gostei, tal como no livro. Uma coisa é certa, quem não gostou do livro não vai gostar do filme, e vice-versa.
Quando Costa, já bem sucedido como ghost-writer, volta do Congresso de Escritores Anónimos, em Istambul, uma ameaça de bomba obriga o seu voo a fazer uma aterragem forçada em Budapeste. Desde o primeiro momento na cidade, apaixona-se pelo idioma húngaro, a única língua que o Diabo respeita. De regresso ao Rio, reencontra a sua mulher Vanda, uma famosa apresentadora de telejornal, e o seu filho. Mas o casamento deteriora-se e, cada dia mais infeliz, ele passa a murmurar o húngaro, enquanto dorme. Numa última tentativa de salvar o seu casamento no Rio, Costa começa a escrever autobiografias. Tenta através das vidas de outras pessoas, acalmar a sua insatisfação, o seu tédio. O seu grande best-seller é um livro chamado "O Ginógrafo", que narra as aventuras amorosas de um alemão, Kaspar Krabbe, no Brasil, visto como uma visão do paraíso. Vanda acaba por se apaixonar por Kaspar, pois pensa ser ele o verdadeiro autor do genial livro. Pela primeira vez, Costa se sente traído e completamente ressentido com a sua profissão de ghost-writer. Resolve fugir para Budapeste e construir um novo personagem para si, uma nova história. Aí, conhece Kriska, uma professora de húngaro. Uma mulher de 30 anos, divorciada e mãe de um menino, Pisti. Através dela e do seu amor, torna-se o húngaro Zsoze Kósta e inicia, lá também, a sua carreira como ghost-writer. Mais uma vez, escreve, com mestria, teses, contos, e até poesias.
Fonte:cinema.sapo.pt
Budapeste no IMDB.

Não esquecer #124

Fonte da imagem: Às 9 no meu blog