segunda-feira, 4 de julho de 2011

Budapeste

Já tinha lido o livro que deu origem a este filme e ficou-me a curiosidade de saber quão fiel ao livro seria o filme. Tirando um ou outro pormenor que me escaparia se não tivesse ainda o livro bastante presente, acho que o filme está bastante fiel ao livro, de tal modo que, assim como no livro, as passagens de cena entre o Rio e Budapeste continuam a ser desconcertantes. Efectivamente, como dizia no livro e agora podemos comprovar nas imagens, "Budapeste é amarela" e "húngaro não ser aprende nos livros", dizem que é a "única língua que o diabo respeita". O filme peca pelo excesso de corpos desnudados que não era tão acentuado no livro.
Além das interpretações de Leonardo Medeiros como José Costa e Giovana Antonelli como Vanda, podemos ainda contar com a presença portuguesa de Ivo Canelas (que interpreta Álvaro Cunha, o sócio de José Costa) e Nicolau Breyner (que interpreta um ghost writer francês). A aparição de Chico Buarque no final é uma boa surpresa.
O filme mexe-nos com os neurónios, leva-nos a pensar sobre a história e sobre o que está a acontecer e desse ponto de vista gostei, tal como no livro. Uma coisa é certa, quem não gostou do livro não vai gostar do filme, e vice-versa.
Quando Costa, já bem sucedido como ghost-writer, volta do Congresso de Escritores Anónimos, em Istambul, uma ameaça de bomba obriga o seu voo a fazer uma aterragem forçada em Budapeste. Desde o primeiro momento na cidade, apaixona-se pelo idioma húngaro, a única língua que o Diabo respeita. De regresso ao Rio, reencontra a sua mulher Vanda, uma famosa apresentadora de telejornal, e o seu filho. Mas o casamento deteriora-se e, cada dia mais infeliz, ele passa a murmurar o húngaro, enquanto dorme. Numa última tentativa de salvar o seu casamento no Rio, Costa começa a escrever autobiografias. Tenta através das vidas de outras pessoas, acalmar a sua insatisfação, o seu tédio. O seu grande best-seller é um livro chamado "O Ginógrafo", que narra as aventuras amorosas de um alemão, Kaspar Krabbe, no Brasil, visto como uma visão do paraíso. Vanda acaba por se apaixonar por Kaspar, pois pensa ser ele o verdadeiro autor do genial livro. Pela primeira vez, Costa se sente traído e completamente ressentido com a sua profissão de ghost-writer. Resolve fugir para Budapeste e construir um novo personagem para si, uma nova história. Aí, conhece Kriska, uma professora de húngaro. Uma mulher de 30 anos, divorciada e mãe de um menino, Pisti. Através dela e do seu amor, torna-se o húngaro Zsoze Kósta e inicia, lá também, a sua carreira como ghost-writer. Mais uma vez, escreve, com mestria, teses, contos, e até poesias.
Fonte:cinema.sapo.pt
Budapeste no IMDB.

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