segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Banco Alimentar


O Banco Alimentar Contra a Fome levou a cabo a sua segunda campanha do ano nos passados 30 de Novembro e 1 de Dezembro. Há algum tempo inscrevi-me como voluntária para o armazém que nas lojas não seria grande ajuda, já que detesto ser eu a dirigir-me às pessoas para pedir o que quer que seja, sou muito mais útil no backoffice a meter as mãos na massa (esta expressão pode ser considerada no seu sentido literal que o que não falta nas doações é massa).
Assim sendo, e depois do apelo via email por parte das pessoas que organizam estas coisas cá na cidade, inscrevi-me para ir ajudar na tarde de sábado, a separar os produtos por cestos de categorias.
Saí de casa a pensar que estava a ser útil à sociedade, por abdicar de uma tarde de sábado para ajudar quem precisa, e efectivamente foi o sentimento que perdurou a tarde toda, estava mesmo feliz por estar a ajudar de alguma forma, e soube-me bem conviver durante uma tarde com pessoas que como eu acharam que dar uma tarde de sábado à sociedade não era nada demais e não me ia cair nenhum braço. Valeu, mais não fosse pela simpatia e disponibilidade de todos os envolvidos.
Ainda tentei encontrar o saco de coisas que eu tinha doado nessa manhã ao Banco Alimentar mas era impossível tal a velocidade com que abrimos os sacos e os despejamos na passadeira dos produtos.
A reter: os pacotes de farinha rompem-se com grande facilidade, e o esparguete também, especialmente aqueles que são de marcas próprias dos supermercados.
Esta é, sem dúvida, uma experiência a repetir.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Deixem o Pimba em Paz

Fonte da foto: aqui

O Bruno Nogueira é daqueles humoristas que me passa um bocado ao lado, porque se às vezes acho que tem graça, outras acho que é só uma parvoíce pegada.
Ainda assim, e sem saber bem o que poderia esperar, fui ao CAE no passado dia 29 de Novembro, ver "Deixem o Pimba em Paz", espectáculo idealizado e montado pelo próprio Bruno Nogueira com a participação da cantora (e mulher de muitos instrumentos neste espectáculo) Manuela Azevedo.
A direcção musical, a cargo de Filipe Melo e Nuno Rafael, é brilhante, os arranjos são fantásticos, não conhecesse eu a música pimba de forma mais ou menos peculiar e só ia reconhecer o refrão da música.
Na minha modesta opinião que não percebo assim muito de música, além de divertido é um espectáculo com qualidade musical.
Sempre que uma nova música começava era ver a plateia ansiosa por saber qual era, e frequentemente olhei à minha volta e vi os espectadores a cantarem a par com Bruno Nogueira e Manuela Azevedo, com aquela sensação de quem está a ouvir alguém tocar na sala lá de casa numa noite de jantarada com amigos.
E há lá coisa melhor que ver as tias da Figueira desfilar no CAE os seus casacos de peles com um cheirinho a naftalina?

Só uma notazinha, Bruno, diz-se "língua gestual" e não "linguagem gestual"...
Desde sempre fascinado pelo universo pimba, Bruno Nogueira propõe-se dar outra vida a essas canções, juntando Manuela Azevedo, vocalista dos Clã, e outros músicos que fizeram arranjos de jazz e pop onde eles eram pouco prováveis.
O pimba é unificador. Às escondidas, para não parecer mal. Seja numa festa da Quinta do Lago, seja no meio de um churrasco em Massamá, aos primeiros acordes de uma música de Quim Barreiros haverá uma debandada a correr para a pista de dança e a cantar o refrão em alegre e alta voz.
"Deixem o Pimba em Paz" é um concerto e um espectáculo de desconstrução e, quem sabe, a oportunidade de juntar numa sala pessoas da Quinta do Lago e de Massamá. E já não é pouco.
Ideia original e direcção: Bruno Nogueira
Direcção musical e arranjos: Filipe Melo, Nuno Rafael
Não querendo ser spoiller não resisti a meter aqui o alinhamento do espectáculo, ainda que conheçam as músicas originais, no espectáculo estão totalmente transformadas.

Alinhamento:
José Malhoa - 24 Rosas
Nel Monteiro - Azar na Praia
Ágata - Sozinha
Mónica Sintra - Na Minha Cama com Ela
Camané em vídeo, não consegui identificar o que cantou
Graciano Saga - Vem Devagar Emigrante
Ágata - Comunhão de Bens
Leonel Nunes - Porque Não Tem Talo o Nabo
Marco Paulo - Isabel
Quim Barreiros - A Garagem da Vizinha
Dino Meira - Meu Querido Mês de Agosto
Marco Paulo - Ninguém, Ninguém
Romana - Não És Homem para Mim
Marco Paulo - Taras e Manias

Meddley:
Quim Barreiros - Peitos da Cabritinha
Quim Barreiros - Os Tomates a Bater no Pito
Quim Barreiros - A Padaria
Quim Barreiros - Os Bichos da Fazenda


terça-feira, 19 de novembro de 2013

Como gastar 50€ sem dar conta disso


Entras na Loja do Cidadão e levantas 50€ logo à partida. Tiras senha para o balcão do IMTT e outra para o IRN (Instituto de Registos e Notariado).
A senhora do IMTT chama primeiro, lá vais tu, sentas-te e pedes para mudar a morada da Carta de Condução que deve estar a condizer com a morada do Cartão de Cidadão (que mudaste online e por isso não tiveste de pagar nadinha, um luxo nos dias que correm). Depois de mostrar a carta de condução, o cartão de cidadão e de dar uma foto tipo-passe, assinas uma folha e largas logo ali 15€. Ainda assim a nova carta vai demorar entre 3 a 4 meses, diz a senhora que estas coisas estão assim com grande atraso, vá-se lá saber porquê.
A seguir o senhor do balcão do Documento Único Automóvel do IRN chama a tua senha (isto pode demorar um bocadinho, dependendo da quantidade de conversa que o cliente anterior está disposto a ter com o senhor que atende neste balcão), pedes para mudar a morada do proprietário do teu veículo. Depois de mostrares o Documento Único Automóvel e o Cartão de Cidadão, dizes a morada nova, assinas e entregas 35€. Está tratado, assim, com rapidez que eu não sou pessoa de fazer esperar quem está a seguir. Demora cerca de uma semana a vir o novo documento, pelo menos este é rápido.
Quando sais pensas "acabei de contribuir com mais uma pedrinha para tapar o buraco do Estado."
Ora vamos lá ver, há uma coisa que é preciso frisar, se há uma coisa boa que esta gente inventou foi a Loja do Cidadão, ora se assim não fosse eu teria de me dirigir a dois edifícios diferentes, que podiam não se situar sequer perto um do outro, e que estariam fechados à hora a que fui à Loja do Cidadão, teria provavelmente de perder uma tarde para ir tratar destes assuntos e assim numa hora ficou tudo resolvido e pago. O que está bem feito também deve ser falado e a Loja do Cidadão foi uma grande invenção.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Olympus Has Fallen


"Olympus Has Fallen" conta a história do assalto perfeito à Casa Branca, feito por um grupo de terroristas da Coreia do Norte que planeiam destruir os EUA. O objectivo é fazer reféns as pessoas mais importantes dos EUA, incluindo o Presidente Benjamim Asher (Aaron Eckhart) de modo a obter os 3 códigos necessários para controlar os mísseis nucleares.
O golpe é ameaçado a partir do momento em que surge o agente Mike Banning (Gerard Butler), que pertenceu à segurança pessoal do Presidente até ao dia em que este perdeu a sua esposa num acidente, que consegue entrar no edifício e se torna a última esperança de os EUA sobreviverem a este ataque terrorista.
É um filme de acção mas com alguns excessos, nomeadamente nos jactos de sangue a saltar que fazem lembrar os filmes do Tarantino. Não tem um argumento inovador mas cumpre o seu propósito: entretém.
Através de um ousado ataque à Casa Branca, um pequeno grupo de extremistas fortemente armados e meticulosamente treinados consegue apoderar-se do edifício e prender o Presidente Benjamin Asher e a sua equipa, dentro de um bunker subterrâneo impenetrável. Durante a invasão, Mike Banning, um ex-agente dos serviços secretos da guarda do Presidente, que acaba por ficar involuntariamente preso no edifício, decide juntar-se à batalha e fazer o trabalho para o qual treinou durante toda a sua vida: proteger o presidente, a todo custo. Banning usa o seu treino e profundo conhecimento da residência oficial do presidente, tornando-se nos olhos e ouvidos da equipa de segurança nacional, chefiada por Allan Trumbull (Morgan Freeman), no interior da Casa Branca. Com o escalar da tensão, os terroristas começam a executar reféns e prometem concretizar todas ameaças, caso as suas exigências não sejam atendidas. A equipa de segurança nacional não tem assim outra opção se não depositar as suas esperanças em Banning para cumprir a missão de resgatar o Presidente antes dos terroristas levarem a cabo o seu aterrorizante plano.
Fonte: cinema.sapo.pt
Olympus Has Fallen no IMDB.

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Monsters University


A história situa-se antes daquela que nos foi apresentada no primeiro filme. Desde pequeno que Mike sonha em frequentar a Universidade dos Monstros para ser assustador na Monstro S.A.. Com grande esforço e muito trabalho atingiu o seu objectivo e foi admitido na Universidade no Programa de Susto, e deu início ao curso da mesma forma como entrou, com muito trabalho, muito estudo e muita sabedoria bebida dos livros.
Já Sullivan é um assustador por natureza, já o seu pai é assustador, mas ele não se esforça nada nas aulas, não estuda e só quer saber de frequentar os eventos da Universidade.
Quando se cruzam numa aula, Mike e Sullivan, de tão diferentes, tentam medir forças mas corre mal a ambos e são expulsos do curso. Mike, que toda a vida sonhou com o momento de se formar em assustador, tenta encontrar uma forma alternativa de voltar a entrar no curso, através dos tão famosos Jogos de Susto que visam consagrar a equipa mais assustadora da escola. O problema é que Mike precisa de uma equipa de seis pessoas e os únicos disponíveis são os Omega Kappa, os "nerds" da escola, e Sullivan.
Juntos vão ter de encontrar uma forma de encontrar o melhor de cada um para benefício da equipa.
Bullying, amizade, descoberta, sucesso, fracasso são apenas alguns dos temas retratados neste filme que é tão adequado para crianças como para adultos.
Desde que o universitário Mike Wazowski era um pequeno monstro, que sonhava em ser Assustador e sabe melhor que ninguém que os melhores Assustadores vêm da Universidade dos Monstros (MU). Mas durante o seu primeiro semestre na MU, os planos de Mike vêem-se subitamente alterados quando conhece o grandalhão James P. Sullivan, "Sulley", um Assustador com um talento natural. O espírito competitivo fora de controlo de ambos faz com que sejam expulsos do prestigiado curso de Sustos da Universidade. Para piorar a situação, eles percebem que vão ter de trabalhar juntos, juntamente com um estranho grupo de monstros inadaptados, caso queiram que as coisas dêem certo.
Fonte: cinema.sapo.pt
Monsters University no IMDB.

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Despicable Me 2


Despicable Me 2 volta a trazer-nos Gru, as irmãs órfãs e os minions, aqueles bonecos amarelos que nunca se entende o que dizem. Neste filme, Gru, o antigo vilão que se deixou da vida do crime para cuidar das suas filhas adoptivas, Margo, Edith e Agnes, é agora chamado ao dever por Lucy Wild, uma agente secreta, para se juntar à Liga Antivilões e assim ajudar na destruição de um terrível malfeitor que ameaça destruir o mundo. Sem grandes alternativas, Gru aceita a missão e reaviva em si os seus instintos maléficos para ajudar a apanhar o grande vilão.
Os minions continuam a ser fulcrais na acção e no entretenimento do público, sem grandes falas, pequenos e amarelos, são quem mais gargalhadas arranca aos espectadores.
É um filme aceitável que proporciona uma boa sessão de cinema entre família e/ou amigos, ainda que a história não seja inovadora ou surpreendente.
Este comédia animada da Illumination Entertainment marca o regresso do antigo super-vilão Gru (Nicolau Breyner), que se afastou da vida de criminoso para cuidar das suas três filhas. Mas as coisas sofrem uma volta inesperada quando é recrutado pela Liga Anti-Vilões para capturar um evasivo criminoso que está a ameaçar o mundo. Agora, com a nova parceira Lucy Wilde (Rita Blanco) a seu lado, Gru e os Mínimos partem para uma imprevisível e inesperada aventura…
Despicable Me 2 no IMDB.

Por Ti, Resistirei, de Júlio Magalhães


"Por Ti, Resistirei", do jornalista Júlio Magalhães, conta a história de amor de Carlos, jovem de Cascais pertencente à alta sociedade, e Nicole, uma judia francesa, estudante de enfermagem, a viver em Paris, onde os dois se conhecem, num contexto sócio-económico difícil que engloba o período da Segunda Guerra Mundial.
Carlos precisa de voltar a Portugal por uns tempos devido à doença da sua mãe (e pressão do seu pai, com quem nunca se deu bem) e deixa Nicole em Paris. No entretanto as tropas de Hitler começam a avançar Europa fora e Nicole parte para Bordéus para pedir ao Cônsul português, Aristides de Sousa Mendes, um visto para entrar em Portugal. Nicole consegue chegar a Portugal e encontrar Carlos. Quando o pai de Carlos se apercebe da situação de Carlos e de Nicole depressa recorre aos seus conhecimentos e influências para os separar, o que acaba por conseguir de certa forma, fazendo com que os dois apaixonados se afastem.
A história é baseada em factos reais mas deixa aquela sensação de que muito ficou por dizer, muito ficou por contar e por explorar. No entanto, é uma leitura agradável, simples e fácil que facilmente nos faz querer avançar nos capítulos.
Carlos e Nicole conheceram-se nas ruas de Paris. As tropas alemãs avançavam em passo forte e determinado, mas todos acreditavam que a capital francesa estava a salvo da loucura de Adolf Hitler. Enganavam-se. Em poucas semanas, as tropas nazis estavam às portas de Paris e milhares de refugiados procuravam salvação. Nicole encontrou-a em Bordéus pelas mãos do embaixador Aristides de Sousa Mendes que lhe entregou um visto para chegar até Portugal, onde finalmente cairia nos braços do seu amado. Longe da guerra, longe do perigo, longe do estigma de ser judia, seria finalmente feliz. Mas há preconceitos que são difíceis de quebrar e mais uma vez os dois amantes são obrigados a seguir caminhos diferentes. Carlos fica em Lisboa, entre os negócios do pai, um homem influente na sociedade salazarista e a doença da mãe. Nicole parte para Londres, uma cidade que vive dias dramáticos sob a ameaça de ser bombardeada pela aviação alemã. Participa no esforço de guerra da melhor forma que sabe, vestindo a farda de enfermeira, pondo em risco a sua vida para ajudar os outros. Na esperança de conseguir esquecer Carlos. Contudo no meio dos escombros da Segunda Guerra Mundial há um amor capaz de resistir a tudo.
Fonte: fnac.pt

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Dia Mundial da Poupança


Diz-se por aí que hoje é o Dia Mundial da Poupança. Considero-me uma pessoa poupada, na medida do possível, o meu objectivo de poupar passar sempre pelo mesmo: caso haja alguma eventualidade financeira que não esteja nos planos ou, depois disso, conhecer o mundo aos bocadinhos.

As minhas poupanças:
- Almoço sempre que posso em casa comida cozinhada na véspera ou na hora;
- Não compro legumes, vem tudo do quintal da avó;
- A maior parte das vezes também não compro peixe, como o que o meu avô pescou no Verão e que vamos guardando para o Inverno;
- Faço a depilação e a manicure em casa, uma vez por ano lá vou à esteticista;
- Só corto o cabelo uma ou duas vezes por ano;
- Não pinto o cabelo, felizmente ainda não preciso;
- Não pago mensalidade de ginásio, gosto de corridas e caminhadas na rua;
- Compro produtos de marca branca quando acho que a qualidade é de fiar e aproveito os 50% de desconto (quando os produtos que estão em promoção são aqueles que eu compro);
- Compro roupa e calçado só quando preciso mesmo, podem-se passar meses sem comprar nada;
- Não compro comida feita;
- As sobras da comida não se metem fora cá em casa, viram nova refeição no dia seguinte;
- Não tenho empregada de limpeza, eu limpo, esfrego, passo a ferro, talvez não com a cadência devida, mas lá me vou orientando;
- Não frequento o cinema com regularidade, mas quando vou uso descontos que me permitam um bilhete mais barato;

Agora aquilo que se pode considerar um luxo:
- Almoço em casa, podia levar a marmita para o trabalho mas o meu cérebro precisa desligar-se daquele sítio;
- Mais de 100 canais de TV quando só vejo meia dúzia;
- Jantar fora de casa uma vez por semana ou uma vez de 15 em 15 dias, com os amigos;
- Dou-me ao luxo de ir a médicos privados (e ter seguro de saúde), ainda posso;
- Tenho seguro contra todos os riscos no meu carro, apesar de ele já ter feito 4 anos;
- Vou ao teatro sempre que há uma peça que chame mais a atenção;

Se podia poupar em mais coisas? Podia, mas ainda me posso dar ao luxo de viver (e não sobreviver).

Fonte da imagem: weheartit

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O Intruso



17 de Outubro de 2013. Estamos em crise, toda a gente sabe, e esta crise não é de agora, tem-se vindo a arrastar lentamente como uma lagartixa preguiçosa.
Marco Horácio é o actor que traz até nós uma peça cheia de boa disposição com dicas para ultrapassar a crise, introduzindo o conceito de low-cost em tudo desde a namorada aos sogros. Até truques de magia Marco Horácio, ou deverei dizer Arménio Carlos, faz em palco, frente a uma plateia onde figurava o grande mágico Luís de Matos.
Durante mais de uma hora uma plateia inteira riu, mas riu com vontade, durante mais de uma hora a crise animou aquela sala que no fim aplaudiu de pé e com toda a força.
Apetecia-me apontar todos os bons disparos do Marco Horácio, que foram tantos, mas lembro-me particularmente de um: "primeiro mandaram-nos apertar o cinto, não sei para quê, é que agora mandaram-nos baixar as calças!"
Portugal também é Coimbra, não me canso de dizer, e peças destas fazem-nos falta, cada vez que uma peça destas vem a Coimbra enche a sala, isso não é um sinal de que merecemos mais varidade?
Marco Horácio, o apresentador, ator, humorista, criador e intérprete, propõe “soluções” para combater a crise. Vai fazer refletir. Vai descortinar maneiras de os portugueses olharem a crise de frente. Até os estrábicos. Vai mostrar pequenos truques para fazer face à falta de dinheiro, à falta de perspetivas e à falta de noção de quem usa t-shirts de alças. E não menos importante que isso, Marco Horácio vai demonstrar como o low cost pode ser aplicado nas mais pequenas e variadas coisas do quotidiano. Desde a namorada low cost, aos sogros low cost, ao artista low cost, nada parece impossível aos olhos deste gentil-homem e benfeitor comediante. Um espetáculo de intrusos, que nada têm a perder: do público, à senhora da bilheteira, ao técnico. Intrusos que de repente assistem a um espetáculo… por um Intruso. O texto foi escrito por três dos mais conceituados guionistas portugueses: Henrique Dias, Frederico Poiares e Roberto Pereira, em coautoria com o próprio Marco Horácio. TEXTO Frederico PoiaresHenrique Dias e Roberto PereiraCOAUTOR Marco HorácioENCENAÇÃO Sónia Aragão INTERPRETAÇÃO Marco HorácioENCENAÇÃO DE MAGIA Luís de MatosMÚSICA Carlos Menezes e Carlos LeitãoSOM Luís Ramos/Jorge PinaPRODUÇÃO Ana Soares Produções Lda.PRODUÇÃO EXECUTIVA Ana Teresa Soares
Fonte: TAGV

Enquanto Salazar Dormia, de Domingos Amaral


Jack Gil Mascarenhas Deane, filho de pai inglês e mãe portuguesa, regressa a Lisboa com 85 anos para assistir ao casamento do seu neto Paul que, surpreendentemente, irá casar com uma portuguesa. Depois de 50 anos longe daquela cidade com uma luz inconfundível, Jack encontra uma Lisboa totalmente diferente daquela que conheceu nos anos da 2ª Guerra Mundial. Enquanto Londres era fustigada pelas bombas de Hitler e os seus exércitos conquistavam a Europa, em Lisboa parecia reinar a calma e a tranquilidade de uma nação peuso-neutra na questão da guerra, naquela época desembarcava em Lisboa a elite europeia numa tentativa de fugirem ao fogo cruzado que se fazia sentir por toda a Europa.
Nessa época, o jovem Jack Gil está à frente do escritório lisboeta da companhia de navegação do seu pai e tem prometida a jovem Carminho, menina de boas famílias com uma saúde muito frágil cujo pai admirava Churchill e irmãos simpatizavam com Hitler.
No entanto, Jack Gil começa-se a aperceber que o ambiente tranquilo de Lisboa pode ser apenas aparência e que nas ruas da capital portuguesa circulam espiões ingleses, alemães, vigiados pela PVDE. A vida de Jack Gil era tranquila até ao dia em que também ele passou a ser um espião pertencente ao MI6.
As memórias do velho Jack desvendam-nos as redes de espionagem, redes essas difíceis de diferenciar dos romances tórridos que ele teve com as mulheres que amou em Lisboa.
Era "enquanto Salazar dormia" que Lisboa acordava, sedutora e perigosa, temida por uns, amada por outros.
Ainda que algumas personagens sejam efectivamente reais e alguns eventos tenham realmente acontecido, a história é ficção. Retrata-nos uma época fascinante que foi um marco na história mundial, claramente pelas piores razões. A neutralidade de Portugal nesta guerra foi desde sempre questionada, à Inglaterra não lhe interessava mais uma frente de combate, à Alemanha interessava o volfrâmio que fornecíamos e assim Portugal manteve-se aparentemente à margem de uma guerra que matou milhões.
O livro oferece-nos uma leitura agradável, com um enredo bem organizado e com acção suficiente para prender o leitor página após página.
Uma história de amor em tempo de Guerra. Lisboa, 1941. Memórias de um espião numa cidade cheia de luz e sombras.Numa Europa fustigada pelos horrores da II Guerra Mundial, os refugiados chegam aos milhares e Lisboa enche-se de milionários, actrizes, judeus e espiões. Portugal torna-se palco de uma guerra secreta que Salazar permite, mas vigia à distância.
Lisboa, 1941. Um oásis de tranquilidade numa Europa fustigada pelos horrores da II Guerra Mundial. Os refugiados chegam aos milhares e Lisboa enche-se de milionários e actrizes, judeus e espiões.
Jack Gil Mascarenhas, um espião luso-britânico, tem por missão desmantelar as redes de espionagem nazis que actuavam por todo o país, do Estoril ao cabo de São Vicente, de Alfama à Ericeira. Estas são as suas memórias, contadas 50 anos mais tarde. Recorda os tempos que viveu numa Lisboa cheia de sol, de luz, de sombras e de amores. Jack Gil relembra as mulheres que amou; o sumptuoso ambiente que se vivia no Hotel Aviz, onde espiões se cruzavam com embaixadores e reis; os sinistros membros da polícia política de Salazar ou mesmo os taxistas da cidade.
Um mundo secreto e oculto, onde as coisas aconteciam «enquanto Salazar dormia», como dizia ironicamente Michael, o grande amigo de Jack, também ele um espião do MI6. Num país dividido, os homens tornam-se mais duros e as mulheres mais disponíveis. Fervem intrigas e boatos, numa guerra suja e sofisticada, que transforma Portugal e os que aqui viveram nos anos 40.
Publicado no Brasil com o título Enquanto o Ditador Dormia por uma das mais prestigiadas editoras do país.
Fonte: fnac.pt

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

G.I. Joe: Retaliation


Neste filme os GI Joes Roadbloack (Dwayne Johnson aka The Rock), Flint (D.J. Cotrona) e Jaye (Adrianne Palicki) ajudados pelo General (Joe Colton )Bruce Willis terão de lutar contra o vilão Cobra e derrotar os seus planos para controlar o mundo, o que inlui uma ameaça nuclear.
Este é um filme sem uma história genial ou personagens profundos, é um filme cheio de clichés de super heróis, patriotismo americano, diálogos simples e fáceis e muitas cenas de acção.
Este é essencialmente um filme que entretém, mas que não traz nada de novo ou espectacular ao cinema, ainda assim é divertido ver.

Roadblock: [to Snake Eyes, after planning to take down Cobra Commander] Snake Eyes, how's all of that sound?
[Snake Eyes is silent]
Roadblock: That's what I thought.
Os populares bonecos dos anos 80 que formam uma secreta equipa de elite num filme cheio de acção e efeitos especiais do realizador de «A Múmia» e «Van Helsing».
Fonte: cinema.sapo.pt
G.I. Joe: Retaliation no IMDB.

Não esquecer #267


Fonte: Booklover

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

sábado, 21 de setembro de 2013

terça-feira, 17 de setembro de 2013

O Fim da Inocência II, de Francisco Salgueiro


"O Fim da Inocência 2" surge na linha do anterior mas desta vez da perspectiva de um rapaz. Gonçalo é um adolescente como tantos que conhecemos, filho de gente com uma vida financeira abastada, com uma vida simples e fácil cujos pais passam mais tempo a trabalhar e a tratar da vida social do que propriamente a educar os filhos, Gonçalo e Constança, mais nova que o irmão. Como toda a sua geração, Gonçalo é viciado na Internet, especialmente no Facebook e tudo na vida se traduz no número de Likes que se consegue nesta rede social para aumentar o ego e sentir-se importante e popular.
Diogo, João, Isabel, Sara e Madalena são o grupo de amigos, a aprender e a descobrir a sexualidade e as drogas por si só, demasiado cedo e sem qualquer acompanhamento parental que os possa fazer ver o que afinal é certo e é errado, porque aos 13 anos é muitas vezes dúbia a linha entre o certo e o errado. As drogas, a gravidez na adolescência, o roubo de telemóveis cheios de fotos pornográficas, não são coisas que só acontecem aos outros, ao contrário do que estes jovens ainda pensam. Parecendo que não, as experiências destes jovens na "idade da parvalheira", a adolescência, vão moldá-los para o resto da vida.
"O Fim da Inocência 2" é mais uma história verídica e assustadora da juventude dos nossos dias.
Este livro é um abrir de olhos para os pais que pensam que os seus filhos são melhores que os outros, que não se metem em perigos e aventuras e que são bem formados. A boa educação não cai do ar.
No fundo este é um livro que conta uma história verdadeira e demasiado triste.
Com boas notas, e a estudar num dos melhores colégios de Lisboa, Gonçalo é o filho que todos os pais gostariam de ter.
Desde cedo, ele e o grupo de amigos são bombardeados com imagens sexuais em filmes, séries, videoclips, anúncios e celebridades levando a uma erotização precoce. A ausência de educação sexual por parte dos pais e colégio leva-os a investigar o extenso mundo da pornografia na internet. Em simultâneo, a sua impreparação para lidarem com as redes sociais leva-os a serem participantes e vítimas na busca vertiginosa de likes para ultrapassarem a mítica marca dos 1000 amigos. Eles apenas pensam nos desafios e nunca nas consequências. As drogas legais, o sexting, a masturbação online com estranhos, serem paparazzi da vida uns dos outros e a prostituição com mulheres mais velhas fazem parte do seu estilo de vida, onde o futuro não existe, apenas o logo à noite.
Depois do best-seller que abalou a sociedade portuguesa, Francisco Salgueiro regressa com uma nova história sobre os adolescentes portugueses do século 21.
Fonte: fnac.pt

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Não esquecer #265


Cumpro isto religiosamente, e está quase a chegar o dia de ir conhecer um lugar novo este ano.

Fonte: icanread

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

A Última Canção da Noite, de Francisco Camacho


"A Última Canção da Noite", de Francisco Camacho, cruza a história de uma estrela do rock, Jack Novak, e de um crítico de música, David Almodôvar. Jack é o guitarrista dos Bitters com um talento comparável a Jimmy Hendrix, que sofre com a fama que a êxito lhe conferiu. David, fã assumido dos Bitters e de Jack, ganha a vida a fazer críticas de músicas até ao dia em que é injustamente acusado de plágio e, no entretanto, é deixado pela mulher que ama, Vera.
O destino de Jack e David junta-se no dia que Jack reaparece (três anos depois do seu desaparecimento misterioso) em Portugal, o país onde passou parte da sua infância, para contar a sua história a alguém que a escreva e esse alguém será David, que Jack achou ter sido o único crítico que algum dia o compreendeu. No entretanto, David tem de tentar recuperar Vera e o seu amor, então parte para Marrocos com Jack ao lado e enquanto o guitarrista conta a sua história, David tenta encontrar Vera, sempre com uma banda sonora a acompanhar a viagem.
A história do desaparecimento de Jack é contada com recurso a analepses, para recuar ao contexto político da guerra dos Balcãs e à Croácia nos anos 90 e assim pode contar a vida de Jack.
O livro leva-nos numa viagem que passa por Cluj, Berlim, Londres, Croácia, La Herradura, Marrocos e Lisboa, que a cada página virada dá ainda mais vontade de saber como acabarão as histórias de Jack e David.
Jack Novak – o conceituado guitarrista dos Bitters que há muito conquistou o respeito das elites e o coração das massas – desaparece misteriosamente durante uma digressão da banda pela Europa de Leste, numa madrugada pródiga em estranhos acontecimentos. O incidente dá, por isso, origem a uma onda de especulações e deixa uma multidão de fãs na expectativa de uma verdade que, todavia, tarda em chegar. Um desses admiradores é o português David Almodôvar, crítico de música desempregado e caído em desgraça, que atravessa uma crise existencial e tem um desafio quase impossível pela frente: descobrir o paradeiro de Vera e dar-lhe a derradeira prova de amor que ela lhe exige. Quando os destinos destes dois homens se cruzam, David vê-se confrontado com as motivações de dois desaparecimentos – o da mulher que ama e o do músico que idolatra – e empreenderá uma viagem que lhe permitirá conhecer um segredo que Jack já desistiu de guardar e, ao mesmo tempo, resolver o tremendo impasse em que se encontra. Com um ritmo imparável, diálogos sublimes e uma história surpreendente que decorre em geografias tão distintas como o deserto de Marrocos ou a cidade de Berlim, "A Última Canção da Noite" é um romance de contrastes sobre os dilemas e as paixões que moldam a nossa vida quando a noção de mortalidade nos atinge de forma inescapável.
Fonte: fnac.pt

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Snitch


Inspirado numa história real, "Snitch" conta a história de um pai que tudo faz para que o seu filho não seja acusado injustamente de tráfico de droga, o que lhe pode valer uma pena de prisão de 10 anos. No auge do desespero por fazer justiça e libertar o seu filho, John Matthews (Dwayne Johnson) faz um acordo com o Governo e acaba por ser informante da divisão de narcotráfico infiltrado num cartel de droga.
É um filme com algumas cenas de acção, com um argumento interessante, que explora o desespero e a tensão de um pai que se vê a braços com a prisão do filho e as agressões que ele sofre na prisão.

Quote:
John Matthews: I admire you so much. The stand you're taking. You didn't take the easy way out. Not setting up one of your friends. I couldn't do what you did. So it looks like you're the one teaching me what real character and integrity is all about. I love you, son.

Dwayne Johnson é um pai cujo filho adolescente foi injustamente acusado de um crime de tráfico de droga e arrisca-se a uma sentença mínima de 10 anos de cadeia. Desesperado e determinado a resgatar seu filho a todo custo, ele faz um acordo para trabalhar numa perigosa missão, como informador infiltrado junto de traficantes de drogas – arriscando tudo, incluindo a sua família e sua a própria vida.
Fonte: cinema.sapo.pt
Snitch no IMDB.

domingo, 8 de setembro de 2013

O mar enrola na areia

Adormecer ao som das ondas do mar da minha praia não é para todos!
Caramba, gosto mesmo deste sítio!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Percebes que...


... Setembro não vai ser um bom mês quando ao 4º dia do mês já gastaste com o carro em seguro, revisão e arranjo, inspecção e imposto mais do que aquilo que ganhas no mês inteiro...

Fonte: weheartit

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

I Give It a Year


Josh (Rafe Spall) e Nat (Rose Byrne) conhecem-se e começam a namorar. Ao fim de poucos meses casam e nenhum dos amigos ou familiares acredita que aquela relação vá durar muito, pois o feitio de um é completamente o oposto do outro. Uns meses depois de terem casado já estão infelizes e sem saberem o que fazer. Entretanto Josh reaproxima-se da amiga e ex-namorada Chloe (Anna Faris) e Nat conhece um cliente que a encanta, Guy (Simon Baker).
Esta comédia romântica, sem grande sumo, segue os típicos estereótipos das comédias românticas americanas, sem grandes interpretações ou desempenhos relevantes, sem grande surpresa, portanto. Eu diria mesmo que é um filme fraquinho.
Não é uma grande comédia nem um grande romance, é apenas aquilo que esperava, hora e meia de boa disposição com um final feliz, e mais nada.
Apesar das suas diferenças, o escritor Josh e a ambiciosa Nat vivem delirantemente felizes desde que se conheceram numa festa. Josh é um sonhador, Nat é pragmática, mas a química entre eles é inegável. O seu casamento é um sonho tornado realidade, mas ninguém - nem família, nem amigos ou até o padre que os casou - acreditam que vai durar. A ex-namorada de Josh, Chloe, e o atraente novo cliente de Nat são duas alternativas sedutoras.
Fonte: cinema.sapo.pt
I Give It a Year no IMDB.

La Cage Dorée


Maria (Rita Blanco) e José Ribeiro (Joaquim de Almeida) são dois portugueses emigrantes a viver em França há mais de 30 anos, ela porteira e ele pedreiro. Os seus filhos Pedro (Alex Alves Pereira) e Paula (Barbara Cabrita) já nasceram em Paris e estão perfeitamente integrados na sociedade francesa. Quando Maria e José recebem a notificação que herdaram a quinta da família no Douro começam a sonhar com o regresso ao seu país e à sua terra. Tentam manter segredo até decidir se efectivamente regressam ou não, mas a notícia espalha-se sem que eles saibam e toda a vizinhança começa a conspirar para que eles não regressem pois têm noção da falta que eles lhes fazem em Paris, enquanto pessoas e trabalhadores.
Este é um filme que mostra a vida dos emigrantes portugueses em França com gosto e elegância, com orgulho no feitio trabalhador dos portugueses, com grandes interpretações dos actores escolhidos.
Ruben Alves, o realizador, é, apesar de francês, ele próprio filho de emigrantes portugueses, filho de uma porteira e de um pedreiro. Dá gosto ver como os portugueses e os franceses se renderam a este filme, um filme onde se mistura o talento dos actores portugueses, franceses e luso-descendentes.
Mostrando ao mundo a realidade dos emigrantes portugueses em França, este filme é uma comédia inteligente muito perspicaz, uma bonita homenagem aos nossos emigrantes e à sua luta para singrar em terras estrangeiras.
"A Gaiola Dourada" faz rir em muitas ocasiões mas também dá que pensar, um arrepio corre-nos no corpo quando numa casa de fados em Paris Catarina Wallenstein canta o fado (da Amália) e várias cenas se vão sucedendo até culminar com a última frase deste fado "Das mãos de Deus tudo aceito, mas que morra em Portugal".
Um filme que recomendo a todos os portugueses quer tenham família emigrante ou não, porque aqui está retratada um bocadinho da nossa história.

E este é o fado que faz arrepiar.

C'est ça que c'est bon.

Num dos melhores bairros de Paris, Maria e José Ribeiro vivem há cerca de 30 anos na casa da porteira no rés-do-chão de um prédio da segunda metade do século XIX. Este casal de imigrantes portugueses é querido por todos no bairro: Maria uma excelente porteira e José um trabalhador da construção civil fora de série. Com o passar do tempo, este casal tornou-se indispensável no dia-a-dia dos que com ele convivem. São tão apreciados e estão tão bem integrados que, no dia em que surge a possibilidade de concretizarem o sonho das suas vidas, regressar a Portugal em excelentes condições, ninguém quer deixar partir os Ribeiro, tão dedicados e tão discretos. Até onde serão capazes de ir a sua família, os seus vizinhos e os patrões para não os deixarem partir? Mas estarão, a Maria e o José, verdadeiramente com vontade de deixar França e de abandonar a sua preciosa gaiola dourada?
Fonte: cinema.sapo.pt
La cage dorée no IMDB.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Gosto de ir à praia de manhã

Este ano as férias de Verão foram única e exclusivamente passadas na minha praia, a do costume. Foram 15 dias de boa vida por lá.
Não digo que foram de descanso porque descanso foi coisa que efectivamente não houve.
O problema (ou será a vantagem?) de passar férias na minha praia é que se conhece toda a gente, está sempre lá muita gente amiga de férias e é impossível haver descanso, são almoços com uns, jantares com outros, tardes de praia com outros, caminhadas pela manhã e copos à noite com outros!
Foi a primeira vez que passei 15 dias de férias seguidos por lá depois de deixar de ser estudante, em que o mês de Agosto era inteiramente passado lá, e devo dizer que não me arrependo nada, foi até revigorante voltar a estar por lá tanto tempo seguido. Se no próximo ano se proporcionar posso muito bem voltar a fazer o mesmo, porque...there's no place like home.








"O que deve saber aos 20 anos, mas ninguém lhe diz"

Li um artigo no outro dia cujo título era este mesmo: "O que deve saber aos 20 anos, mas ninguém lhe diz". Olho para trás e, apesar de ainda não terem passado assim tantos anos desde que eu andava nos 20, é quase tudo verdade.


Aqui está, retirado do Expresso:
1.Mantenha o contacto com os amigos verdadeiros
É fácil perder o pé nos próximos tempos, ofuscado com a quantidade de pessoas novas que vão entrar na sua vida e a animação constante que se avizinha. Mas não se esqueça de continuar a falar com os seus melhores amigos de sempre, porque esses você sabe que estarão sempre ao seu lado, já o mesmo não pode dizer (para já) das pessoas que vai conhecer daqui em diante. 
2.Apesar de ser inteligente, o seu cérebro ainda está em formação. Escute os seus pais, mais do que eventualmente gostaria
Só aos 23 anos o seu cérebro consegue estabelecer todas as ligações que o tornam realmente 'adulto'. Até lá (e também depois disso...) continue a escutar os conselhos e os alertas dos seus pais. Eles são (na maioria dos casos) mais fiáveis do que as suas ideias. 
3.Aproveite o momento
Mais do que em qualquer outra fase da sua vida, esta é a altura em que está mais concentrado no seu futuro. Mas vá com calma. Isso é bom para se agarrar aos estudos e dar o seu máximo, mas não deixe de viver por causa disso. Saber gozar cada momento é uma capacidade que vai perdendo à medida que os anos passam. Aproveite-a agora! 
4.Vai sentir saudades desse seu corpo mais tarde
Chegará o dia em que terá saudades mesmo dessas partes do seu corpo que hoje odeia. E por mais inacreditável que lhe pareça, até vai achar que, afinal, eram quase perfeitas. Cuide bem do seu corpo. Alimente-se de forma saudável e faça exercício físico. 
5.Se alguém for realmente indelicado consigo, o problema está nele, não em si
Palavras duras e injustas são geralmente usadas por pessoas inseguras contra aqueles que consideram mais fortes ou melhores do que elas, como a única forma de os tentar abalar. Não se deixe abater. 
6.Aprenda a pedir desculpa
Admita quando errou. Diga 'lamento', seja humilde e não arranje mais desculpas para se justificar. 
7.A formação é muito importante
Acredite que se vai orgulhar da sua licenciatura para o resto da vida... e se irá arrepender se não a completar. Não interessa se vai ser médico, engenheiro ou professor, ou seguir uma profissão que nada tem a ver com o seu curso, mas fique com a certeza que será sempre um profissional melhor e uma pessoa mais esclarecida. 
8.Deve dizer NÃO sempre que achar necessário
A vida é sua e ninguém o pode obrigar a fazer aquilo que não quer. Mesmo que agora as consequências lhe pareçam pesadas, vai sentir-se muito pior se aceder a fazer algo que considera errado ou inapropriado, apenas porque os outros querem. 
9.Tudo o que 'postar' nas redes sociais fica para sempre
Uma fotografia que retrata um momento embaraçoso, um vídeo atrevido ou um comentário irreflectido podem impedi-lo de chegar tão longe como gostaria. Cada vez mais os recrutadores usam as redes sociais para conhecer a verdadeira personalidade dos candidatos. 
10.Siga a sua voz interior
Não se deixe manipular pelos outros em relação ao que pretende fazer da sua vida. Se o seu sonho é ser advogado não dê ouvidos ao seu melhor amigo que quer à força levá-lo com ele para Publicidade. Até pode ser uma carreira mais excitante, mas se não é isso que o entusiasma, deixe-o ir. 
11.A meditação ajuda-o a alcançar os objectivos
Não deixe que os dias passem uns atrás dos outros, sem parar um pouco para reflectir se está a caminhar na direção certa. O curso pode não ser afinal aquilo que imaginara, e não vale a pena esperar pelo final para depois voltar a trás ou transformar-se numa pessoa infeliz. Quanto mais cedo se aperceber e tomar medidas, mais rapidamente muda para o rumo certo. Mas este hábito também lhe será muito útil em outras questões do dia-a-dia - na escolha dos amigos, no tipo de vida que leva, no investimento que está a fazer no estudo, entre outras coisas. 
12.Viaje
Esta é a fase ideal para conhecer outras formas de estar na vida. Nem sempre é preciso gastar muito, se souber procurar boas oportunidades. Pode viajar de comboio, autocarro ou em voos low cost e tentar ficar em casa de amigos, ou de amigos de amigos, para poupar na estadia. E porque não aproveitar o convite do seu colega polaco para ir visitar o país dele? Vai precisar de mundo para ser um bom profissional e isso não se consegue na faculdade. 
13.Não polua o seu corpo
Não fume, não abuse do álcool, não tome drogas, e reduza a junk food ao máximo. As toxinas afetam não apenas a sua saúde, mas também a sua beleza exterior - arruínam a pele, o cabelo e retiram-lhe o brilho característico da juventude. E estes hábitos influenciam a imagem que as pessoas constroem sobre si. Cuide-se. 
14.Dê uma oportunidade aos outros
Escute as pessoas mesmo quando não concorda com elas. Tente perceber o que as leva a defender argumentos diferentes dos seus - por vezes, até há factos que pode desconhecer. Não faça julgamentos precipitados. Tenha uma mente aberta. 
15.Seja você próprio
Pare de se comparar com os outros ou de tentar ser uma cópia de alguém. Esse é um comportamento típico da adolescência que é suposto não levar na bagagem para a faculdade. Aprenda a valorizar os seus pontos fortes e tente melhorar os fracos, sem lhes dar demasiada importância. 
16. Fale com os professores
Peça ajuda sempre que precisar. Na faculdade os professores são mais distantes, mas não são inacessíveis. Conversar com eles sobre dúvidas ou dificuldades pode até contribuir para que fiquem com mais atenção ao seu desempenho e possam ajudar a abrir-lhe algumas portas quando for preciso. 
17.Se quer receber, não se esqueça de dar
Em vez de se queixar que a senhora de idade que lhe aluga o quarto lhe desliga o esquentador quando se demora no duche e não o deixa cozinhar depois das 21h, já pensou em oferecer-se para lhe carregar os sacos do supermercado ou a ajudou a conversar com o neto que está em Londres, através do Skype? Se lhe tentar agradar mais vezes, talvez ela até o adote como um neto e feche os olhos a algumas coisas 
18.As pessoas vão tratá-lo da forma que as deixar
Está nas suas mãos o poder de determinar como as pessoas o vão tratar. Rodeie-se de pessoas positivas, bem formadas e divertidas, e mantenha as negativas ou abusadoras à distância. Esta é a forma de ter uma vida mais agradável. 
19.Repare como os colegas tratam os pais e... os empregados
Quando conhece alguém (especialmente alguém por quem se sinta atraído), observar como lida com os pais é um bom indicador do que poderá esperar dessa pessoa no futuro. Também a forma como trata os empregados - de lojas, cafés - diz muito sobre o seu carácter. 
20.É possível ter boas notas e divertir-se ao mesmo tempo
O truque é fazer uma boa gestão do tempo. A universidade implica muito mais estudo do que o secundário, mas não precisa de lhe dedicar todo o tempo que passa acordado. Além disso, não é necessário estudar afincadamente todos os dias. Nas épocas de testes e exames convém reduzir as saídas, mas há sempre espaço para desanuviar. Preocupe-se em descobrir rapidamente qual o melhor método de estudo e depois encaixe a diversão no tempo livre.

E atenção, eu faço questão de informar toda a malta que anda ali na faixa etária dos 18-22 que isto é mesmo assim, que é assim que vai ser e por mais que corram ou saltem não vai fugir muito disto. Hoje chego à conclusão que segui muito destes conselhos mesmo sem mos terem dado, fiz boas opções, é um facto.

Fonte da foto: Weheartit

Now You See Me


"Now You See Me", realizado por Louis Leterrier, é um thriller original e com bastante criatividade e suspense. A história é construída à volta de truques de magia, quatro mágicos são escolhidos para integrarem o grupo dos "Quatro Cavaleiros", J. Daniel Atlas (Jesse Eisenberg), Merritt McKinney (Woody Harrelson), Henley Reeves (Isla Fisher) e Jack Wilder (Dave Franco), dirigido não se sabe por quem, cujos maiores truques resultam em assaltos a bancos. Esse resultado faz com que sejam procurados por uma equipa de agentes entre os quais Dylan Rhodes, (Mark Ruffalo) e a agente Alma Dray (Mélanie Laurent) da Interpol. O cérebro por trás dos "Quatro Cavaleiros" está sempre alguns passos à frente da polícia, que os tenta apanhar a todo o custo. O elenco conta ainda com o grande Morgan Freeman na pele de um mágico que ganha a vida a desvendar os truques de outros mágicos.
É difícil imaginar o desfecho do final quase até o próprio chegar.
Eu que nem sou muito fã de truques e magia, fiquei espantada com alguns truques, mesmo os simples, é que eu também pensei naquela carta no primeiro truque do filme...

J. Daniel Atlas: Don't worry about it. I'll call you.
Atlas Groupie: You don't have my number.
J. Daniel Atlas: I'm magic. I'll find it. Have a good night.
Uma equipa de elite do FBI num jogo de "gato e rato" contra "Os Quatro Cavaleiros ", uma super equipa que reúne os maiores ilusionistas do mundo. Durante os seus espetáculos "Os Quatro Cavaleiros" executam uma série de ousados golpes contra corruptos líderes do mundo dos negócios, provocando depois uma “chuva” dos lucros roubados sobre a audiência, permanecendo sempre um passo à frente da lei.
Fonte: cinema.sapo.pt
Now You See Me no IMDB.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Madrugada Suja, de Miguel Sousa Tavares


O mais recente romance de Miguel Sousa Tavares já fez correr muita tinta fruto de opiniões bastante diversas, pessoas espantadas que não julgam ter sido possível o mesmo autor a escrever o brilhante Equador e esta obra de segunda, de acordo com opiniões a que sou alheia.
Na minha modesta opinião, que vale o que vale, Madrugada Suja não está claramente ao nível de Equador porque não é esse o propósito desta obra. Madrugada Suja não pretende ser um romance histórico que prende e apaixona, Madrugada Suja é um romance que esconde uma crítica à vida social e política do nosso país no pós-revolução, é uma viagem pela corrupção e pelos subornos, pelos jogos de interesses, pela desertificação do interior, pela política suja, e, arrisco a dizer, bem conseguida.
A história começa com um acidente causado pela loucura das festas universitárias mas depressa nos leva a uma aldeia perdida no meio do Alentejo, Medronhais da Serra, à qual já poucos habitantes restam. Foi em Medronhais da Serra que Filipe cresceu, perdendo a mãe e posteriormente o pai, foi criado pelos avós, pessoas que sempre viveram naquele lugar e que não pretendem dali sair. Filipe, sendo a personagem mais central da história, vê-se envolvido em jogos de interesses, corrupção, dilemas interiores e todo um conjunto de situações que se materializam nas críticas do autor.
É um livro envolvente com romance, história, crítica e política e frisa-nos em várias situações que um pequeno erro acompanha-nos para o resto da vida e, quando menos esperamos, os segredos são revelados e a vida como a conhecíamos pode deixar de existir.
Muito para lá do romance, Madrugada Suja é uma crítica dura ao nosso Portugal.
Li-o compulsivamente, com a curiosidade que os livros do Miguel Sousa Tavares me causam.
Do livro todo apenas condeno o final, é um final pouco realista para uma história com tantas verdades.

Um pequeno excerto do livro:
"Um Portugal de aldeias mortas, de comerciantes falidos, de agricultores sentados à berma das estradas construídas com os dinheiros da Europa, vendo passar os grandes camiões TIR que traziam de Espanha e dessa Europa as frutas e os legumes criados em estufas maiores do que quaisquer hortas deles, em direcção aos centros comerciais onde, em breve, eles próprios aprenderiam o novo e insípido sabor dos melões e das cebolas, dos reinventados “frangos do campo”, ou dos porcos sem gordura nem pecado, embalados em vácuo."



O livro, nas palavras de Miguel Sousa Tavares:
Um surpreendente romance

sobre o Portugal que construímos. 

Três histórias que se cruzam
desde uma aldeia deserta até ao topo do poder.
No princípio, há uma madrugada suja: uma noite de álcool de estudantes que acaba num pesadelo que vai perseguir os seus protagonistas durante anos.
Depois, há uma aldeia do interior alentejano que se vai despovoando aos poucos, até restar apenas um avô e um neto. Filipe, o neto, parte para o mundo sem esquecer a sua aldeia e tudo o que lá aprendeu. As circunstâncias do seu trabalho levam-no a tropeçar num caso de corrupção política, que vai da base até ao topo. Ele enreda-se na trama, ao mesmo tempo que esta se confunde com o seu passado esquecido.
Intercaladamente, e através de várias vozes narrativas, seguimos o destino dessa aldeia e em simultâneo o dos protagonistas daquela madrugada suja e daquela intriga política. Até que o final do dia e o raio verde venham pôr em ordem o caos aparente.

Excerto

«E agora, de volta à minha aldeia, onde a luz eléctrica chegara tarde demais para os homens, madrugada dentro, eu lia o Guerra e Paz. Numa aldeia morta, numa noite deserta, seguia, como se estivesse a ver, o esplendor dos salões de baile do Império Russo, a imensidão das estepes gélidas, os gritos de horror dos estropiados pelo fogo dos canhões de Napoleão Bonaparte, e chegava-me mais ao calor da lareira para não sentir a solidão das trincheiras de lama, húmidas, frias, desoladas, onde se abrigava o exército de Kutúsov. Alguém dissera um dia que se podia viver sem tudo, menos água e comida, mas que viver sem livros e sem música não seria o mesmo que viver.»
Fonte: fnac.pt

Não esquecer #262

Fonte: Icanread

Debaixo de Algum Céu, de Nuno Camarneiro


"Debaixo de Algum Céu" deu a conhecer ao mundo literário o autor Nuno Camarneiro depois de lhe ser atribuído o Prémio Leya 2012 por esta obra tão bem escrita.
Neste livro fala-se do Homem em geral, da sua vida rotineira, das inspirações, dos objectivos, das frustrações.
A história passa-se em apenas uma semana, a semana que inclui o Natal e o Ano Novo, e nessa semana a vida daquelas pessoas que moram naquele prédio à beira mar é descortinada de uma forma tão real que nos apercebemos que todos nós temos um bocadinho de alguma daquelas pessoas, um história cheia de encontros e desencontros fruto de uma tempestade que deixa o prédio às escuras. Naquele prédio vive um jovem padre numa crise de Fé, uma viúva com o seu gato, dois casais de média idade com filhos, um jovem solitário e um reformado misterioso. Ainda que um dos apartamentos esteja vago, também ele tem uma história com gente dentro. Nos dias em que li este livro, quase me senti parte daquele prédio.
De uma escrita mais fácil que o livro anterior Nuno continua a escrever frases que chegam a ser poéticas, frases com sentimento dentro que facilmente convidam à reflexão.

Num prédio encostado à praia, homens, mulheres e crianças - vizinhos que se cruzam mas se desconhecem - andam à procura do que lhes falta: um pouco de paz, de música, de calor, de um deus que lhes sirva. Todas as janelas estão viradas para dentro e até o vento parece soprar em quem lá vive. Há uma viúva sozinha com um gato, um homem que se esconde a inventar futuros, o bebé que testa os pais desavindos, o reformado que constrói loucuras na cave, uma família quase quase normal, um padre com uma doença de fé, o apartamento vazio cheio dos que o deixaram. O elevador sobe cansado, a menina chora e os canos estrebucham. É esse o som dos dias, porque não há maneira de o medo se fazer ouvir.
A semana em que decorre esta história é bruscamente interrompida por uma tempestade que deixa o prédio sem luz e suspende as vidas das personagens - como uma bolha no tempo que permite pensar, rever o passado, perdoar, reagir, ser também mais vizinho.
Entre o fim de um ano e o começo de outro, tudo pode realmente acontecer - e, pelo meio, nasce Cristo e salva-se um homem. Embora numa cidade de província, e à beira-mar, este prédio fica mesmo ao virar da esquina, talvez o habitemos e não o saibamos. Com imagens de extraordinário fulgor a que o autor nos habituou com o seu primeiro romance, "Debaixo de Algum Céu" retrata de forma límpida e comovente o purgatório que é a vida dos homens e a busca que cada um empreende pela redenção.
Fonte: fnac.pt

Um Lugar Dentro de Nós, de Gonçalo Cadilhe


Depois da leitura de "No Meu Peito Não Cabem Pássaros" precisava de uma leitura mais leve e factual e claro que nada melhor que o mais recente livro de Gonçalo Cadilhe, "Um Lugar Dentro de Nós" que aguardava na estante pela sua vez de saltar dela e deliciar-me com as suas viagens pelo mundo.
Através das histórias de Gonçalo Cadilhe também eu viajo, ou pelo menos sonho acordada, e fico sempre com vontade de bater com a porta e ir por aí viver estes sonhos, ir conhecer lugares e pessoas, porque sei que quando se volta não se volta igual.
As histórias do seu mundo são cativantes e fascinam, fazem sorrir e sonhar, fazem conhecer e até ponderar ir, não nestes moldes, mas ir.
Cada capítulo, cada viagem e cada fotografia deste livro são únicos e exigem um momento de reflexão, um momento para parar e pensar "e se fosse eu?".
Este é um livro diferente dos nove anteriores que Gonçalo já escreveu, este livro não corre o mundo na sua forma mais normal, este livro faz uma viagem ao interior da alma do autor, com reflexões pessoais que não nos deixam indiferentes porque depois de tantas viagens Gonçalo nunca mais foi o mesmo menino que um dia saiu de casa na Figueira da Foz para correr mundo.
"Não são as pessoas que fazem as viagens mas sim as viagens que fazem as pessoas."
John Steinbeck



Não importa onde te leva a viagem mas sim o que ela faz de ti.
Depois de nove livros trepidantes sobre as suas viagens, Gonçalo Cadilhe apresenta nesta obra o seu trabalho mais sereno e envolvente até à data. Um Lugar Dentro de Nós não pretende partilhar apenas as jornadas do autor e de outras pessoas com quem se cruza, mas visa essencialmente inspirar o leitor para que cumpra o seu próprio destino. «Não sigas a minha viagem. Procura que a tua viagem surja dentro de ti.»
Um Lugar Dentro de Nós apresenta um conjunto de reflexões vividas em viagem e uma série de imagens de alguns lugares espalhados pelo mundo, mas captadas pela sensibilidade do homem que olha e não do homem que escreve. «O que me interessava fotografar era a minha própria felicidade, feita de luz e pureza sobre a paisagem. Cada fotografia minha era um lugar dentro de mim.»

Excertos 
«Cada vez que deixamos de ser eficientes, cumpridores, responsáveis, pontuais, cada vez que reformulamos as prioridades da vida e metemos o tempo à frente do dinheiro, os amigos à frente do patrão, a conversa à frente do negócio, a lentidão à frente da pressa, somos mais felizes.»

«E de noite, sempre à noite, apoiado na amurada, no silêncio e na contemplação que só o infinito líquido e ondulante dos oceanos permite, compreendia o mesmo que qualquer astronauta pode compreender: que este planeta nunca deveria ter sido chamado de Terra por ninguém, pois a sua substância fundamental é a água, e os indivíduos mais felizes da espécie humana são aqueles que a escolhem como caminho de viagem.»
Fonte: fnac.pt