segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

A Casa do Silêncio, de Orhan Pamuk


"A Casa do Silêncio" é um romance do escritor turco Orhan Pamuk, galardoado com o prémio Nobel da Literatura em 2006.
Na Turquia, perto de Istambul, há um lugar à beira mar chamado Forte-Paraíso, onde vive a viúva nonagenária Fatma que é a figura central desta narrativa. Fatma vive numa casa muito antiga com um anão, Redjep, o seu criado e filho bastardo do falecido marido de Fatma. No Verão chegam os três netos de Fatma para passar uns dias de férias, Faruk, Nilgune e Metine. Os pais destes morreram cedo e os netos são ainda as pessoas que sobram à velha Fatma. Faruk é o mais velho, é divorciado, dependente do álcool e historiador. Nilgune é comunista ainda numa fase de descoberta. Metine é estudante e tem o sonho de ir estudar para os Estados Unidos, mas no fundo acaba por ser um revoltado com a morte dos pais e com a falta de dinheiro da família. Redjep, o bastardo, que toma conta de Fatma tem ainda um irmão cujo filho, Hassam, tem um papel relevante no desenrolar da história, jovem fascista que se juntou às companhias erradas e cuja frustração com a sua vida o transformam num ser revoltado.
A história constrói-se através da narrativa destes seis narradores e as analepses recorrentes decorridas na narrativa de Fatma ajudam o leitor a compreender o passado daquelas personagens e toda a carga emocional que vem de trás. Pamuk conduz-nos numa viagem entre o passado e o presente, à luz da cultura turca.
Apesar da escrita simples e fácil de Pamuk, a história tem momentos muito parados e o enquadramento histórico é claramente insuficiente.
Numa pequena cidade portuária do Norte da Turquia, convertida em estância turística à Ocidental, existe uma casa meio arruinada onde vivem Fatma, uma viúva nonagenária, e Redjep, o anão que cuida dela. Todos os anos, no Verão, a idosa recebe os netos vindos de Istambul, três personalidades completamente distintas. A história decorre num ambiente de grande agitação política, cuja conflitualidade se reflecte nas experiências dos jovens, enquanto Fatma, refugiada nas suas recordações, nos permite articular passado e presente.
"A Casa do Silêncio" é o primeiro romance de Pamuk traduzido no Ocidente, da autoria daquele que viria a ser o Prémio Nobel da Literatura de 2006.
Fonte: fnac.pt

1 comentário:

Lili C. disse...

Um autor que ainda tenho que descobrir